O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender o “ajuste na comunicação” como forma de fazer o dólar recuar. A máxima da moeda norte-americana chegou a R$ 5,69 na manhã desta terça-feira (2). É o maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando o maior patamar foi de R$ 5,67.
“Ajuste na comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central quanto do presidente [Lula] fiz esta manhã, relativamente ao quadro fiscal. Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do quadro fiscal, é isso que vai tranquilizar as pessoas. É mais uma questão de comunicação do que qualquer outra coisa”, disse esta quarta-feira aos jornalistas na entrada do Ministério das Finanças.
Haddad também negou que a equipe econômica interfira na moeda americana e que possa apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma proposta para reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio.
“Não sei de onde veio esse boato. Aqui no Tesouro estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal com o presidente”, afirmou.
“O presidente está preocupado. Hoje ele elogiou a Câmara, o Fiscal, elogiou a autonomia do BC e é nesse sentido que trataremos dele amanhã. Sinceramente, acho que esses rumores vêm de pessoas interessadas. Não sei de onde vêm essas perguntas. Não é normal. Mas então, quando me perguntam, eu respondo o que estamos fazendo: estamos trabalhando na agenda fiscal”, garantiu.
Na noite desta segunda-feira (1º), Haddad já havia comentado a alta do dólar, que fechou o dia negociado a R$ 5,65. Segundo ele, há “muito ruído” na comunicação governamental e há necessidade de comunicar melhor os resultados económicos do país.
Na manhã desta terça-feira, em entrevista à Rádio Sociedade, de Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar preocupado com a alta, mas que “há um jogo de juros especulativos contra o real” e admitiu que o governo ” Você tem que fazer alguma coisa.”
Nas últimas semanas, a moeda norte-americana acumulou uma série de ganhos em relação ao real, à medida que os investidores continuam preocupados com o rumo das contas públicas brasileiras.
Cortes de gastos
Haddad também confirmou a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para esta quarta-feira (3) que tratará apenas da agenda fiscal e apresentará propostas para cumprimento do marco para 2024, 2025 e 2026.
No entanto, Haddad disse que não marcará data para apresentação da agenda de revisão e corte de gastos ao presidente.
“Não quero colocar data porque estamos trabalhando nisso há 60 dias. O presidente [Lula] está mobilizando o [ministérios] Planeamento, Gestão, Casa Civil e Finanças não só para preparar o orçamento de 2025 para a execução orçamental de 2024. Ele está preocupado”, afirmou.
Dívidas do Estado
O ministro disse ainda que haverá uma reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda esta semana para discutir a revisão da dívida de R$ 740 bilhões dos estados com a União.
Segundo Haddad, as conversas estão avançadas e o índice da dívida permanece no IPCA.
Interlocutores dos dois apontam que o encontro deverá ocorrer nesta terça-feira, na presidência do Senado. Pacheco quer entregar a proposta que terminará hoje de finalizar com os governadores.
Compartilhar:
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado