Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, dando continuidade ao movimento de avanços nas cotações e que já levou os preços ao maior nível em um mês. Neste cenário, a procura chinesa é alvo de forte atenção, especialmente após a publicação de indicadores no país, enquanto o compromisso de cortes na produção por parte de importantes exportadores é alvo de escrutínio.
O WTI para agosto fechou em alta de 1,54% (US$ 1,24), a US$ 81,57 o barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), e o Brent para agosto subiu 1,28% (US$ 1,08), a US$ 85,33 por barril, na Intercontinental Exchange. (GELO).
“O processamento de petróleo bruto na China poderá estagnar este ano pela primeira vez em duas décadas, com exceção de 2022, que foi impactado pelos bloqueios por causa do coronavírus. Como resultado disso, o processamento de petróleo bruto atingiu um nível recorde no ano anterior”, aponta o Commerzbank.
Espera-se, portanto, que o aumento da procura de petróleo na China seja significativamente menor este ano. Por exemplo, a Agência Internacional de Energia (AIE) espera um aumento de 500 mil barris por dia na China este ano, após um aumento de 1,5 milhões de barris por dia em 2023. “Isto também explica porque é que a procura global de petróleo aumenta em cerca de 1 milhão. barris por dia, menos que no ano passado. Isso significa que o crescimento da demanda voltou ao nível habitual antes da pandemia do coronavírus”, aponta o banco.
Na semana passada, o Cazaquistão, o Iraque e a Rússia confirmaram de forma independente a sua vontade de reduzir a ultrapassagem dos seus objectivos de produção ao abrigo do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e de compensar a anterior sobreprodução com cortes mais profundos. profundo. O Cazaquistão e a Rússia reduziram a sua produção de petróleo em Maio, embora não o suficiente para cumprir a meta, salienta o Commerzbank.
No entanto, a produção pelo menos caminha na direção certa, o que torna credível o anúncio de uma nova redução, avalia o banco. “A situação é diferente quando se trata do Iraque. Este último aumentou ainda mais a sua produção de petróleo em Maio e, de acordo com o relatório mensal da AIE, produziu 280 mil barris por dia mais do que o acordado. O compromisso assumido com a OPEP+ no início de maio de reduzir a produção em mais 600 mil barris por dia até ao final do ano já foi, portanto, cancelado”, aponta o Commerzbank. “A paciência dos outros países da OPEP+ com o Iraque está provavelmente a esgotar-se”, conclui.
Uma das grandes novidades do setor foi que a Berkshire Hathaway comprou cerca de 2,9 milhões de ações da petrolífera entre quinta e segunda-feira por cerca de 176 milhões de dólares.
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