O volume importado de bens de capital neste ano, de janeiro a maio, cresceu 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o melhor resultado em pelo menos 15 anos.
Os dados foram calculados por meio do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O resultado indica uma possível melhora na taxa de investimento do país, apesar do cenário incerto.
“Na série histórica do Icomex, que começa em janeiro de 1998, foi calculado o índice médio do volume importado para o ano encerrado em maio, desde 2010.”
“A média do período recente, janeiro a maio de 2024, foi a mais alta já registrada, o que sinaliza uma perspectiva favorável para a taxa de investimento do país.
Porém, o cenário de volatilidade cambial, como ocorreu em maio/junho, não favorece novos planos de investimentos”, considerou a FGV, no relatório do indicador.
O crescimento do volume importado foi explicado pelo aumento dos investimentos na indústria de transformação, que registrou aumento de 15,5% nas importações de bens de capital de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
O volume de bens de capital importados pela agropecuária caiu 15,9% no período.
“O melhor desempenho da transformação traduz-se também numa variação positiva nas compras de bens intermédios de +9,6%, enquanto as compras destes bens na agricultura caíram -4,3%”, acrescentou a FGV.
Considerando o volume total importado de bens intermediários no país, houve aumento de 8,9% no período acumulado de janeiro a maio de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.
Nas demais categorias de uso, as importações de bens de consumo duráveis aumentaram 49,9% no período; a de bens de consumo não duráveis caiu 3,9%; e os bens semiduráveis subiram 18,5%.
Excedente mais suave
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 8,5 bilhões em maio, queda de US$ 2,5 bilhões em relação a maio de 2023. Houve queda de 5,2% no preço das exportações em maio de 2024 em relação a maio de 2023, e queda de 5,1% nas importações.
Contudo, em volume, as exportações diminuíram 1,9%, enquanto as importações aumentaram 6,1%.
No acumulado do ano até maio, a balança comercial apresenta superávit de US$ 35,9 bilhões, acima dos US$ 34,5 bilhões vistos no mesmo período de 2023.
“As projeções para 2024, porém, são de um saldo menor em 2024 em relação a 2023”, destacou a FGV, que prevê superávit de US$ 87,7 bilhões para este ano.
De janeiro a maio, o volume das importações cresceu 10,6% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as exportações aumentaram 7,5%.
Parceiros de negócios
Quanto aos principais parceiros comerciais do Brasil, exportações para a Argentina despencaram 38,2% em maio de 2024 em relação a maio de 2023, enquanto para a União Europeia saltaram 21,8%.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, o volume exportado para a China cresceu 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior; para os Estados Unidos, um aumento de 17,2%; para a União Europeia, 3,8%; e para a Ásia (excluindo China e Médio Oriente), 6,8%.
Na direção oposta, houve queda no volume exportado para a Argentina, inferior a 31,7%, e para os demais países sul-americanos, inferior a 13,4%.
“Em termos de participação no acumulado do ano até maio, a China respondeu por 30,5% das exportações brasileiras, os Estados Unidos, 11,5%, e a União Europeia, 13,8%. ”
“Para todos estes mercados, a exportação de petróleo bruto foi o principal produto: União Europeia (23%); China (23%); e os Estados Unidos, 17%”, destacou a FGV.
“No caso das importações, a China lidera o volume importado, seja na comparação mensal, de mais de 18,0% ou no acumulado do ano, de mais de 32,2%.”
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