O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que quer esclarecer aos empresários nos próximos dias pontos da medida provisória editada pelo governo que altera regras de compensação de créditos de Pis/Cofins e afirmou que o foco de preocupação da equipe econômica é o forte crescimento verificado nos últimos anos nesta despesa fiscal.
Segundo Haddad, de 2019 a 2022, o custo para a Receita Federal com o reembolso de supostos créditos tributários de Pis/Cofins aumentou de 5 bilhões para 22 bilhões de reais, sem que tenha havido alteração jurídica que justifique o salto.
“Portanto, há algo acontecendo que precisa ser esclarecido em relação à sistemática”, disse Haddad aos repórteres.
“O que a Receita Federal quer é criar um sistema mais transparente, em que eu possa, através de um sistema operacional, identificar se a compensação do crédito está sendo feita de acordo com a lei, porque a impressão que dá é que isso não está acontecendo.”
Na última terça-feira, o governo publicou uma MP limitando o regime de créditos do Pis/Cofins, proibindo sua utilização no pagamento de outros tributos e eliminando a possibilidade de pagamento de créditos presumidos em dinheiro.
A nova legislação, que visa compensar a renúncia fiscal gerada pela desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e pequenos municípios, gerou forte reação dos setores afetados, que trabalham juntos para derrubar a iniciativa no Congresso.
Haddad disse que espera “diluir certas questões que não condizem com a intenção da MP, principalmente no que diz respeito às exportações”.
O ministro afirmou ainda que espera que projetos que tratam de devedores contumaz à Receita Federal tenham tramitação no Congresso Nacional, em meio a críticas de setores do empresariado à MP.
“Um empresário disse ontem ‘por que os devedores teimosos não votam?’ O devedor contumaz está no Senado há três anos. Três anos! Enviamos no final do ano um projeto tratando de devedores contumaz”, disse o ministro, acrescentando que o Brasil é um dos poucos países que não possui uma regra rígida contra fraudadores fiscais.
“Agora o próprio empresariado pede providências em relação ao devedor contumaz, algo que a Receita Federal vem exigindo há décadas. E agora, quem sabe, diante desse impasse, conseguiremos fazer prosperar um dos PLs, seja o da Câmara ou o do Senado”, completou o ministro.
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