Cinco confederações representativas do setor produtivo manifestaram, em nota conjunta publicada nos principais jornais do país, seu repúdio à Medida Provisória 1.227/2024, que restringe a utilização de créditos de PIS/Cofins.
Juntas, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Transportes (CNT) pedem ao Congresso que rejeite a medida e devolva a proposta ao governo federal.
“Os setores da economia nacional aqui representados foram duramente atingidos por mais uma medida que revela a falta de diálogo do governo com quem produz e gera empregos no país”, criticam as entidades.
Para as confederações, a medida visa arrecadar mais impostos pelo Executivo.
“Não há a menor preocupação por parte do governo em adotar medidas que reduzam despesas.
A consequência é a diminuição da competitividade dos produtos brasileiros, além de ameaçar a saúde financeira das empresas, dos empregos, dos investimentos, aumentando a insegurança jurídica e causando efeitos nefastos na inflação do país”, argumentam as entidades.
A MP assinada pelo governo na última terça-feira (4) é uma medida para financiar a isenção de impostos sobre folha de pagamento em 17 setores da economia e municípios até 2027.
A restrição aos descontos recebidos pelas empresas pela utilização do crédito PIS/Cofins já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até quatro meses.
Através da MP, o governo limitou a compensação dos créditos de PIS/Cofins em geral e dos créditos presumidos de PIS/Cofins não reembolsáveis.
Segundo a Receita Federal, o custo da isenção em 2024 é de R$ 26,3 bilhões.
As medidas propostas pelo governo poderão gerar receitas de até R$ 29,2 bilhões – sendo R$ 17,5 bilhões provenientes de compensação geral de PIS/Cofins e R$ 11,7 bilhões referentes a crédito presumido.
Para os créditos relativos ao PIS/Cofins em geral, a MP do governo prevê que serão compensados apenas no regime não cumulativo, sem compensação com outros tributos ou “cruzamentos”, exceto com débitos do próprio tributo.
A agricultura e a indústria estão entre os setores mais afetados pela medida.
A MP poderá custar cerca de R$ 10 bilhões por ano para a agricultura, devido às perdas na compensação de crédito.
Compartilhar:
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado