O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,2 ponto em maio ante abril, para 95,8 pontos, o maior valor desde outubro de 2022, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 3. Nas médias móveis trimestrais, o ICE aumentou 0,4 ponto.
“A confiança empresarial permaneceu estável em maio, com diferenças significativas entre os setores. Indústria e Construção mostram resiliência, mantendo níveis de confiança próximos do nível neutro de 100 pontos. Em contrapartida, os setores de Serviços e Comércio indicam enfraquecimento da atividade econômica”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne dados de pesquisas da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em consideração os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente do ritmo da atividade econômica.
“É notável o caso do Comércio: o índice de confiança do setor caiu 4,0 pontos em maio, apenas um mês depois de subir expressivos 5,1 pontos, movimento que parece espelhar a tendência negativa da confiança do consumidor no mês, ambas possivelmente influenciadas pela desastre ambiental no Rio Grande do Sul. Nos próximos meses, novos avanços na confiança dependerão, entre outros fatores, de uma evolução favorável da situação económica e social no sul do país”, acrescentou Campelo Junior.
O Índice de Situação Atual dos Negócios (ISA-E) aumentou 0,3 ponto em maio em relação a abril, para 96,1 pontos, maior nível desde outubro de 2022. O Índice de Expectativas (IE-E) cresceu 0,1 ponto, para 95,6 pontos.
Entre as expectativas, a melhora foi impulsionada pela percepção da situação dos negócios nos seis meses seguintes, com aumento de 11 pontos, para 97,0 pontos. O item que mede as expectativas em relação à demanda nos três meses seguintes caiu 0,9 ponto, para 94,2 pontos.
Quanto ao momento atual, houve um aumento de 0,5 ponto na percepção da Demanda Atual e um aumento de 0,1 ponto na avaliação da Situação Atual do Negócio.
Entre abril e maio, a confiança nos serviços encolheu 0,6 pontos, para 94,2 pontos; o do comércio caiu 4,0 pontos, para 91,5 pontos; o da indústria cresceu 1,2 ponto, para 98,0 pontos; e construção aumentou 1,2 ponto, para 96,4 pontos.
Em maio, a confiança aumentou em 49% dos 49 segmentos que compõem o ICE. “Houve aumento na difusão de aumentos no setor da Construção e queda significativa no Comércio”, acrescentou a FGV.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.571 empresas dos quatro setores entre 1º e 26 de maio.
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