Além do feriado prolongado, a sexta-feira (31) trará alegria adicional para 5,5 milhões de brasileiros: a distribuição de R$ 9,5 bilhões em restituições do Imposto de Renda de 2024. O dinheiro extra pode ajudar quem ainda não tem um valor preparado para imprevistos.
A reserva de emergência é unanimidade entre os especialistas. A recomendação é configurá-lo antes de começar a investir para conseguir se manter firme em casos de demissão, doença ou outros imprevistos.
“A restituição do Imposto de Renda pode ser uma excelente oportunidade para iniciar uma reserva de emergência, pois o valor costuma ser inesperado e não constar no planejamento mensal da pessoa”, afirma Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.
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Onde começar?
Primeiro, você precisa calcular quanto precisa ter em seu fundo de emergência. Se você tem gastos de R$ 5 mil por mês, por exemplo, deverá montar um colchão por entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. Isso porque a indicação é que a reserva de emergência cubra de três a seis meses dos seus gastos mensais.
Quem tem emprego mais estável, como servidores públicos, por exemplo, pode optar por um colchão menor, pois a previsibilidade de renda é maior. Por outro lado, aqueles com rendimentos mais incertos, como os empresários, podem necessitar de uma reserva mais robusta.
Onde investir o fundo de emergência?
O instrumento ideal para aplicar a reserva de emergência precisa fazer sentido com o objetivo desse dinheiro, que deve estar disponível rapidamente após imprevistos. Nesse caso, não são recomendados fundos com baixa liquidez e ativos de crédito privado de difícil venda.
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Outro recurso que o aplicativo deve ter é a segurança. Esta deve ser a parte mais segura da sua carteira de investimentos. Portanto, qualquer ativo de renda variável não é recomendado para esse fim. “Mesmo que o investidor tenha perfil ousado ou moderado, a liquidação desses ativos pode demorar e o risco de mercado é muito alto”, afirma Alexandre Dellamura, economista e head de conteúdo da Melver.
Considerando que liquidez e segurança são essenciais, o Tesouro Selic é o ativo mais recomendado para a reserva de emergência. Unanimidade entre os especialistas consultados pelo InfoMoney, o ativo entrega rentabilidade interessante enquanto a Selic segue elevada. R$ 15 mil investidos em títulos públicos podem gerar um retorno de R$ 21.482,67 até 2029.
Outro investimento que combina liquidez e segurança é a poupança. Mesmo assim, a caderneta não é recomendada: “apesar da liquidez imediata, não é um bom instrumento em termos de rentabilidade”, explica Dellamura.
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Investidores mais agressivos podem optar por outros ativos de renda fixa, como CDBs e fundos de renda fixa com liquidez diária, afirma Santiago Schmitt, especialista em renda fixa da Manchester Investimentos. Mas alerta: “a liquidez não muda dependendo do perfil do investidor, deve ser, no máximo, em até cinco dias (no caso de fundos)”.
Para quem tem acesso ao mercado dos Estados Unidos, Enrico Cozzolino, sócio e chefe de análise da Levante Investimentos, cita os Money Market Funds, fundos que investem em títulos de dívida de baixo risco: “buscando sempre maior liquidez e menor risco”.