Algumas das melhores universidades do Brasil são pagas e as mensalidades não são baratas. Até o final do primeiro semestre do ano passado, os cursos custavam, em média, R$ 1.113 por mês, mostra estudo do Semesp, entidade que representa as instituições de ensino superior do país. Mas, dependendo do grau, os valores podem ser bastante elevados. maiores e chegam facilmente a R$ 5 mil por mês.
Neste contexto, investir desempenha um papel importante na poupança do dinheiro necessário para cobrir esta despesa – e quanto mais cedo começar a poupar, melhor.
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Dadas as opções disponíveis para investimentos de longo prazo, uma delas é o Tesouro Educa+, título do Tesouro Nacional voltado especificamente para esse fim. Com ele é possível investir até o filho iniciar uma faculdade ou curso técnico. Quando o papel atinge o vencimento, o investimento é devolvido em parcelas mensais durante cinco anos, corrigidas pela inflação e pelo aumento dos juros – que hoje ultrapassam os 6% ao ano.
Quanto preciso investir?
Uma simulação do site Tesouro Direto mostra que, para uma criança nascida agora e que entrará na faculdade aos 17 anos, é recomendado escolher o título Tesouro Educa+ 2041, que atualmente oferece remuneração de IPCA + 6,05% ao ano. Os pagamentos começariam a partir de janeiro de 2041.
As contribuições mensais variam de acordo com o valor do curso que será contemplado. Para uma graduação mais barata, de até R$ 1 mil, seria necessário investir R$ 157,45 mensais. Para pagar cursos de primeira linha, você precisaria investir R$ 786,84 por mês para obter R$ 5 mil mensais no futuro.
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Confira quanto seria necessário investir no Tesouro Direto para pagar cursos com mensalidades de R$ 1.000, R$ 2.000, R$ 1.500, R$ 3.000 e R$ 5.000:
Preço do curso | Número de títulos necessários | Contribuição mensal necessária |
R$ 1.000 | 14.04 títulos | R$ 157,45 |
R$ 1.500 | 21.05 títulos | R$ 236,07 |
R$ 2.000 | 28,07 títulos | R$ 314,80 |
R$ 3.000 | 42,1 títulos | R$ 472,14 |
R$ 5.000 | 70,16 títulos | R$ 786,84 |
Como funciona o Tesouro Educa+
Lançados em 2023, os títulos do Tesouro Educa+ oferecem remuneração superior aos títulos inflacionários tradicionais, Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestral. Essa rentabilidade é afetada por diversos fatores, como a política monetária do país, a inflação, os acontecimentos globais – como conflitos e crises sanitárias – e as expectativas dos investidores em relação à economia.
“A interação destes fatores determinará se os rendimentos reais cairão ou subirão nos próximos meses”, explica Gianluca Di Mattina, analista de investimentos da Hike Capital. O analista diz ainda que “é importante observar os indicadores económicos, as decisões de política monetária e os acontecimentos globais para ter uma ideia mais clara das tendências futuras”.
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A aplicação também é válida para quem já tem filhos, mas só vai começar a economizar agora. Porém, assim como acontece com outros investimentos, os pais dos recém-nascidos se beneficiam mais dos juros compostos, reduzindo os valores mensais que serão desembolsados.
Impostos
É importante ressaltar que, nas simulações, o Tesouro não considera dois custos: Imposto de Renda e taxa de custódia. O IR tem uma alíquota que varia de acordo com o período de investimento:
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- 15% para investimentos de dois ou mais;
- 17,5% para candidaturas entre um e dois anos;
- 20% para contribuições de seis meses a um ano;
- 22,5% para investimentos mais curtos, até seis meses.
Como as simulações consideram investimentos mensais, os investimentos assumem diferentes faixas de imposto de renda. As primeiras contribuições continuarão a render por mais tempo, portanto, estarão sujeitas a uma alíquota de 15%. Os últimos investimentos deverão pagar 22,5% de IR.
Outro custo que ainda não está na conta é a taxa de custódia cobrada pela B3. É isento para quem carrega os títulos até o vencimento e receberá, com o dinheiro investido, uma renda mensal de até quatro salários mínimos. Quem ultrapassar o limite deverá pagar taxa de custódia de 0,10% apenas da parte que ultrapassar o limite.