A popularização dos Fundos Imobiliários (FIIs) nos últimos anos pode sinalizar o potencial de crescimento de outro mercado: os Fundos de Infraestrutura. Esperando uma popularização dos investimentos nesses veículos, o Pátria Investimentos tem observado atentamente as possibilidades de produtos dedicados ao investidor pessoa física.
Hoje, o mercado de FIIs listados possui ativos de cerca de R$ 250 bilhões. A soma do volume aportado para fundos de investimento em cotas de infraestrutura (Fips-IE) e FI-Infras é bem mais modesta, de aproximadamente R$ 18 bilhões.
“Isso mostra o potencial que existe para o crescimento dos fundos de infraestrutura listados”, avalia Marcelo Souza, sócio responsável pela vertical de infraestrutura do Pátria. “O grande mérito dos fundos imobiliários é o facto de serem oferecidos a particulares há muitos anos”, acrescenta.
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A aposta do Pátria é que os fundos de infraestrutura passem por processo semelhante de atração de investidores pessoa física. Isso vai contra o fato de que parte do crescimento da adesão aos FIIs se deveu ao conforto dos investidores com investimentos vinculados a ativos imobiliários, como armazéns ou prédios comerciais.
Desde 2019, o volume médio negociado por dia nos fundos imobiliários listados na B3 subiu 117%, atingindo R$ 283 milhões em agosto de 2024. Grande parte desse movimento foi impulsionado por um cenário de redução nas taxas de juros durante a pandemia e uma expansão do cenário de opções de produtos financeiros oferecidos pelas corretoras.
Fundos de Infraestrutura
Os fundos de crédito de infraestrutura são caracterizados por uma parcela substancial de debêntures incentivadas – que oferecem benefícios fiscais – com alto avaliação de crédito por meio do FI-Infras, o que os torna mais inusitados para a estratégia de ganhos de capital.
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Os fundos de renda, comuns às estratégias de ganho de capital e crédito, normalmente são estruturados por meio de Fips-IE, em que o ativo não apresenta mais risco de construção.
No Pátria, o principal fundo com estratégia focada em pessoas físicas é o PIER, fundo de ações com ativos maduros e capaz de distribuir dividendos.
São características que, segundo Pátria, têm atraído investidores individuais. “Podemos chamar de estratégia mais ‘faixa branca’, com menor risco e retorno mais previsível”, diz Souza.
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Para ele, esse tipo de ativo deve ser uma espécie de porta de entrada para investidores que queiram entrar em ativos de infraestrutura.
Investimentos no país
A estimativa é que o Brasil precise de um investimento anual em infraestrutura de cerca de R$ 500 bilhões, o que fortalece o argumento de crescimento. Leilões como os de rodovias e saneamento impactam até mesmo famílias de fundos mais associadas a investidores individuais, mas na linha de crédito, para apoiar investimentos dos vencedores dos concursos.
É uma estratégia diferente de fundos como o Pátria Infraestrutura V – já em sua quinta etapa estruturada –, em que a maior exposição é em grandes projetos de longo prazo.
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“Esses fundos também contam com investidores pessoas físicas, mas em uma fração muito pequena. A maior parte dos movimentos provém de investidores institucionais, substancialmente internacionais. É uma família de produtos mais antigos”, diz ele.
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