A alta das taxas do Tesouro Direto dificulta muito a vida das aplicações financeiras, destacou recentemente Artur Wichmann, CIO da XP, em entrevista ao Selecionadores de ações. Contudo, algumas classes de activos, como os fundos imobiliários, resistem à forte concorrência e, implicitamente, ainda oferecem retornos superiores aos prémios das obrigações governamentais.
Estimuladas pelo início do ciclo de alta da Selic e pelas expectativas de inflação, as taxas do Tesouro Direto dispararam nos últimos dias – atingindo, em alguns títulos, os maiores patamares em 12 meses. É o caso do IPCA+ com vencimento em 2029, que oferecia prêmio de 6,76% no início da semana.
O percentual incentiva a migração de investidores de investimentos em renda variável para investimentos em renda fixa – considerados mais seguros e, agora, mais rentáveis. Especialistas, porém, chamam a atenção para a carteira dos fundos imobiliários, que investem em títulos com rentabilidade ainda maior que os títulos públicos atrelados à inflação.
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Pesquisa de InfoMoney com os FIIs mais expostos ao IPCA mostra que as taxas médias dos títulos presentes na carteira desses fundos – “papel”, como são conhecidos – podem variar entre 8,1% e 13,31%, além da inflação. Confira os detalhes.
relógio | Fundo | Remuneração média dos CRIs do fundo (em IPCA + taxa % ao ano) |
URPR11 | Urca Prime Renda | 13h31 |
ARRI11 | Átrio de Recebíveis Reit | 10,86 |
VCJR11 | Vectis Interesse Real | 10h50 |
HCTR11 | Hectare | 10h50 |
VGIP11 | Valor IP | 9,93 |
CVBI11 | CRI VBI | 9,70 |
VRTA11 | Fator Veritá | 8,92 |
KNIP11 | Kinea IP | 8,67 |
KCRE11 | Kinea Créditos | 8,60 |
MCCI11 | Mauá Capital | 8.10 |
O que são fundos “de papel” e como funcionam?
Os FIIs “papel” investem em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação ou à taxa CDI, especialmente certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Dessa forma, o investidor que compra cotas desses fundos está investindo indiretamente nos títulos presentes na carteira dessas carteiras.
“Sei que o IPCA+ do Tesouro Direto é muito atrativo e vai tirar dinheiro dos fundos imobiliários, mas não podemos ignorar que uma carteira de FIIs com risco baixo ou médio dá ao investidor hoje, implicitamente, algo entre inflação mais 8% ou 9%”, diz Marcos Baroni, chefe de pesquisa em fundos imobiliários da Suno, que considera o prazo médio da carteira para o cálculo.
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A rentabilidade citada pelo professor Baroni pode ser consultada nos relatórios de gestão de alguns fundos, que trazem até tabela de sensibilidade. A ferramenta dimensiona o ganho oferecido pela carteira de CRI de acordo com o valor da ação.
No caso da Kinea Creditas (KCRE11), por exemplo, ao adquirir a cota a R$ 9,95, o retorno real da carteira de CRI do fundo é estimado em 8,70%, ou seja, 2,31 pontos percentuais acima do NTNB+ (Título do Tesouro) – no a data de divulgação do relatório.
Cenário para FIIs “Papel”
Mesmo com a alta da Selic – que tem correlação negativa com os fundos imobiliários –, a XP tem visão otimista para os FIIs “Papel”, segundo relatório assinado por Ygor Altero e Ruan Argenton, analistas da casa.
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“O segmento de fundos de papel costuma apresentar rendimentos de dividendos cada vez maior resiliência diante dos cenários macroeconômicos mais conturbados”, avaliam. “Além disso, cenários de aumento dos juros e pressão altista sobre a inflação podem impactar positivamente a distribuição de dividendos desses fundos”, concluem.
Especialistas lembram que os fundos imobiliários são investimentos de renda variável e, portanto, o valor investido e o dividendo distribuído podem oscilar ao longo do tempo.
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