Mesmo após o fim de um período em que as colónias se declararam livres dos seus colonizadores, a independência continua a ser uma questão importante na geopolítica e na economia mundial – e para o seu bolso. Isto porque os países perceberam que precisam de auto-suficiência tecnológica, financeira e energética, o que não é uma boa notícia para os produtores de petróleo e minério de ferro.
A conclusão é de João Landau, sócio fundador e CIO da Vista Capital. No painel em XP Especialista em relação às commodities, explicou que a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia fizeram com que as economias se voltassem para dentro, para não dependerem de outras geografias. O principal impacto desta conclusão está no movimento da China.
Para conquistar a independência energética, o país asiático tem investido fortemente em veículos elétricos e em energia nuclear. Aqui há um vencedor e um perdedor, respectivamente: o urânioo principal combustível para a energia nuclear, e o petróleo, cada vez menos procurado para abastecer motores a gasolina ou diesel.
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A avaliação é que a commodity poderá perder valor mais rapidamente do que o mercado esperava porque a China já vem desacelerando a demanda pelo petróleo. “As empresas petrolíferas deveriam negociar a múltiplos mais baixos; a demanda não está aparecendo, seja nos Estados Unidos, na Europa ou na China”, diz Landau.
Ele também diz que o urânio teve um desempenho ruim este ano, mas já era escasso e a demanda só aumenta: “A China está construindo muitas usinas nucleares, o excesso de demanda será inacreditável em quatro ou cinco anos”.
O minério de ferro é um dos mais castigados pela desaceleração do crescimento económico da China. Mas outra explicação, mais conceitual e definitiva, explica o pessimismo que ajudou a Vale (VALE3) a cair 22% no ano: “há praticamente só um comprador de minério de ferro (China) e ele decidiu que construir uma casa não é mais legal, como é legal fazer chips e carros elétricos, que não consomem aço como os arranha-céus de 50 andares”,
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Por outro lado, há outro material básico que ganha com as novas dinâmicas que emergem na geopolítica global: o ouro. Para este minério, existe uma tempestade perfeita. O primeiro fator é estrutural: “há três anos, os países do Leste aceleram a compra de ouro como diversificação face ao dólar”, aponta Bruno Cordeiro, sócio e gestor da Kapitalo Investimentos. O movimento faz parte de um esforço para garantir o segundo pilar da independência mencionado por Landau, nas finanças.
A procura oriental por ouro por si só seria suficiente para garantir o otimismo sobre o futuro da commodity, mas outro fator, este sazonal, também encoraja os gestores. “Os ocidentais têm uma alocação baixa ao ouro porque o dólar estava rendendo bem, agora, com a queda dos juros nos EUA, a demanda por ouro tende a voltar”, projeta Cordeiro.
O pessimismo com algumas commodities é assumido naturalmente pelos gestores. Eles explicam que a economia muda e esses materiais já tendem a perder valor com o tempo, quando deixam de ser necessários. Mas, para eles, o Brasil é o grande vencedor das mudanças geopolíticas em curso: “tudo o que a China não tem (alimentos e petróleo, por exemplo), nós produzimos e tudo o que não temos, em tecnologia, podemos importar mais barato com eles”, diz Landau.
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