Analistas do Bank of America (BofA) esperam que a Petrobras (PETR4) pague fortes dividendos no segundo trimestre, mesmo com investimentos bilionários, programa de recompra de ações no período e queda na produção.
Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (6), analistas do BofA estimam um rendimento de dividendos de 3,4% para o período de abril a junho, equivalente a US$ 2,8 bilhões. Pelo câmbio da época (US$ 1 = R$ 5,64), o valor é de R$ 15,82 bilhões.
“Nossa projeção considera um Capex de aproximadamente US$ 3,25 bilhões (R$ 18,37 bilhões) – aumento de 7% no trimestre, abaixo do Plano Estratégico da empresa”, diz o relatório, que exclui o programa de recompra de 20,55 milhões de ações preferenciais.
O texto destaca que a expectativa é de um relatório de resultados fortes, com lucro operacional (EBITDA) de US$ 1,24 bilhão (R$ 7 bilhões), 3% superior ao primeiro trimestre e 10% superior na comparação anual.
“O pequeno aumento no preço do Brent (média de US$ 84,9 por barril, alta de 2,2% no trimestre e de 11,7% no ano) e a desvalorização cambial no período devem compensar a queda na produção”, afirma o relatório.
O lucro líquido estimado pelos analistas do banco americano é de US$ 2,1 bilhões (R$ 11,87 bilhões), queda de 53% em relação ao primeiro trimestre e de 61% em relação a abril a junho de 2023. A desvalorização cambial deve impactar os resultados em US$ 3,3 bilhões (R$ 18,65 bilhões).
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A recomendação do banco para as ações da Petrobras é de compra “devido a desenvolvimentos importantes na empresa, que acreditamos terem ajudado a conter preocupações sobre governança corporativa, preços de combustíveis e dividendos”, diz o relatório, que acrescenta a expectativa de fortes retornos de “em o futuro próximo”.
O preço-alvo das ações preferenciais estimado pelo BofA é de R$ 47,00, equivalente a uma valorização potencial de 32% em relação ao fechamento do dia anterior, a R$ 35,60.
Goldman prevê R$ 100 bilhões até 2025
O Goldman Sachs vê espaço para a Petrobras anunciar até US$ 19 bilhões (R$ 107,5 bilhões) em remuneração aos acionistas (dividendos e recompras) até o primeiro trimestre de 2025.
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O banco também vê a possibilidade de até US$ 7 bilhões (R$ 39,6 bilhões) em dividendos extraordinários para o exercício de 2024, que poderão ser anunciados em fevereiro de 2025 junto com os resultados do 4º trimestre de 2024.
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