Diante do tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em decisão desta quarta-feira (31) que manteve a Selic superior por mais tempo do que o esperado, os fundos vinculados ao crédito privado e à inflação têm sido as principais apostas entre os alocadores neste momento .
“O CDI vai ficar alto por mais tempo. Será difícil ver a Selic cair para um dígito baixo agora”, diz Catherine Cruz, CIO da Integrity Wealth Management, que tem investido em crédito privado tradicional e fundos de crédito estruturados (produtos que envolvem operações um pouco mais complexas e que lidam com títulos não convencional).
A preferência é por fundos com resgates mais longos — pelo menos a partir de 45 dias, sendo 180 dias o ideal. “Em tempos de crise, os primeiros fundos que o investidor pede resgate são os mais curtos e o gestor é obrigado a vender as ações a ‘preço de banana’. Se ele tiver seis meses para honrar os resgates, não corre tanto risco de destruição de valor”, acrescenta o executivo.
De olho no CDI ainda alto, Tatiana Guedes, gerente de produtos da InvestSmart, diz que posição aumentada em ativos flutuantes por meio de alocações em fundos DI e fundos de crédito privado. Mesmo com spreads (juros adicionais que um ativo de crédito oferece em relação aos títulos públicos) menor nos títulos de crédito privados, a profissional diz ver boas oportunidades de carregamento.
Fundos de incentivo ao investimento em infraestrutura (FI-Infras) adicione à lista de apostas de casas como Integrity. Cruz explica que esse tipo de produto é isento de Imposto de Renda sobre dividendos e ganhos de capital e que os fundos poderiam se beneficiar de um possível fechamento (redução) dos juros reais.
“No curto prazo pode haver volatilidade, mas é um bom investimento para um horizonte de um ou dois anos porque o carry é muito elevado. Outro ponto é que não há risco de estresse com a venda forçada de títulos pelo gestor, como acontece nos fundos não cotados”, observa.
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Por outro lado, há quem prefira fundos que invistam em títulos públicos vinculados ao IPCA, como Est Gestão de Patrimônio. André Freitas, especialista em portfólio da casa, explica que um dos grandes destaques desses tipos de produtos é que o retorno oferecido por eles ficou acima do CDI na maioria das vitrines nos últimos 10 anos. “Somos um pouco acima da neutralidade nessa classe e oferecemos esse tipo de fundo para todos os tipos de clientes”, observa.
Menos multimercados nas carteiras
Ao mesmo tempo em que as casas aproveitaram os últimos meses para aumentar posições em fundos de crédito privados e em produtos que alocam em títulos indexados à inflação, os gestores optaram por reduzir as alocações em multimercados após piores janelas de retorno nos últimos 12 meses.
Freitas, do Est, argumenta que o gestor preferiu reduzir a exposição para entender como os gestores vão se reorganizar nos próximos meses, mas que acredita que a alocação “faz sentido” para as carteiras pela agilidade que os produtos podem ter. “É uma classe que sempre gerou valor, mas passa por um momento complexo. É difícil entender por quê. Vamos tirar o pé e ver como as coisas funcionam.”
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Cruz, da Integrity, reforça que o momento exige uma espécie de “seleção de fundos“, ou seja, uma seleção mais criteriosa dos gestores que serão colocados na carteira. “Gostamos de mais multimercados macro com estratégias de ‘taxa mais curta’. Se o gestor errar, não perderá o ano”, resume.
Mário Okazuka Jr, CEO da GCB Capital, acrescenta que a indústria multimercado é ampla, mas que os fundos brasileiros acabam tendo uma correlação muito alta entre si. Neste caso, diz, a sugestão é que o investidor busque teses de investimento mais diferentes e procure entender o modelo de gestão e as principais apostas das casas.
Existem oportunidades em FIIs
Embora os ativos de risco, como os fundos imobiliários (FIIs), tenham sofrido ao longo deste ano, algumas casas discutiram um possível aumento na alocação, como Est. Freitas diz que rendimento de dividendos (retorno de dividendos) dos produtos está em um nível “interessante” e sugere uma mix entre fundos tijolo (que investem em imóveis físicos) e fundos de papel (que alocam em títulos de dívida imobiliária) para aumentar os retornos do portfólio.
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A alocadora da Integrity diz ainda ver oportunidades em diversos FIIs que possuem ações com descontos significativos, mas considera que o investidor precisa ter paciência ao entrar nesse tipo de mercado. “É um mercado em que há muitos indivíduos. Os fundos podem ser penalizados mesmo que os fundamentos sejam bons”, resume.
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