A aposta da Verde na Bolsa brasileira voltou a diminuir. O gestor de Luis Stuhlberger reduziu a sua posição nas empresas locais de 10% em Abril para 7,5% em Maio, ao mesmo tempo que investiu no mercado internacional. Segundo carta do gestor, divulgada nesta terça-feira (11), os ganhos de maio vieram das posições compradas em dólar e na bolsa global. As perdas “vieram da exposição a ações no mercado local”, segundo a carta.
Na avaliação do gestor, o mercado brasileiro continua numa trajetória de aumento dos prêmios de risco que estão penalizando os ativos locais. “A política fiscal fica refém de um Executivo que não quer parar de gastar e de um Legislativo que sinaliza que não quer entregar mais receitas novas. Esse conflito dá origem a altos prêmios de risco para os ativos brasileiros”, diz a carta.
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Mas o fundo também considera que o cenário externo não é dos melhores. A busca constante pelo início do ciclo de redução dos juros nos Estados Unidos faz com que o mercado reaja de forma muito intensa a qualquer ruído nos dados.
Segundo Verde, esta incerteza tem mantido os investidores focados no curtíssimo prazo, dificultando a sua convencimento para investimentos mais longos.
Ainda assim, para o gestor, o mercado brasileiro de renda variável depende cada vez mais de “uma melhora no clima externo” para ter um melhor desempenho, já que os fatores locais “não mostram sinais positivos”.
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Meses atrás, Stuhlberger classificou os títulos inflacionários como “insanos” devido à alta taxa de juros real de 6% paga sobre o Tesouro IPCA+. Esta continua a ser a aposta da Verde no mercado local.
“O país conseguiu o feito incrível de ter hoje taxas de juros reais mais altas do que quando o BCB [Banco Central do Brasil] iniciou seu ciclo de cortes em agosto do ano passado”, diz a carta aos investidores.
A Verde também mantém a sua posição nas taxas de juros reais dos EUA, além da bolsa americana. Outras posições são na Rupia Indiana, financiadas por posições curtas no Euro, no Franco Suíço, no Renminbi Chinês e no Dólar de Taiwan.
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Mantém-se a pequena alocação ao petróleo, bem como às obrigações alto rendimento locais e globais.
Em maio, o fundo Verde rendeu 2,53%, contra 0,83% do CDI. No acumulado do ano, os ganhos são de 0,73%, contra 4,40% da taxa referencial.
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