A devolução da tributação sobre compras internacionais de até US$ 50, à alíquota de 20%, poderá ter um efeito fiscal “relevante” e gerar R$ 1,3 bilhão aos cofres da União neste ano. O cálculo é feito pela equipe de política tributária da Warren Investimentos, que considerou, para o projeto, que a receita seria impactada a partir de julho, já que a alíquota ainda não foi aprovada pelo Senado, apenas pela Câmara. A expectativa é que os senadores considerem o assunto na próxima semana.
Para 2025, os economistas Felipe Salto, Josué Pellegrini e Gabriel Garrote, da Warren, estimam que a tributação poderá render até R$ 2,7 bilhões em receitas, considerando as projeções de crescimento nominal do PIB.
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“Usando os dados da Receita Federal relativos às compras de fevereiro e março deste ano para a tributação incidente sobre o valor importado, conseguimos deduzir o total de entradas isentas de impostos, que consideramos ser o valor das remessas abaixo de US$ 50. Tomando a parcela do Imposto de Importação que entra nesses dois meses, calculamos o total de ingressos no ano com a nova tributação, descontando também o efeito que o aumento dos preços teria sobre a demanda”, explicou a análise.
Utilizando esta metodologia, Warren calculou que a receita proveniente de impostos sobre bens importados com valor inferior a 50 dólares seria de R$ 2,5 mil milhões em termos anualizados.
Como a Constituição determina que o imposto de importação está isento da incidência da chamada precedência geral e também da noventa, o entendimento é que a instituição dos 20% entrará em vigor assim que a lei for promulgada.
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A expectativa era que o Senado votasse o assunto nesta semana, mas a deliberação foi adiada para a próxima terça-feira, dia 4, conforme mostra o Estadão/Transmissão. O tema tributação foi incluído no projeto de lei que regulamenta o Programa de Mobilidade e Inovação Verde (Mover).
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Inicialmente, os dirigentes da Câmara tinham a intenção de devolver o imposto ao patamar de 60% – que era cobrado antes de o Ministério da Fazenda lançar o programa Remessa Compliance, formatado com o intuito de formalizar os pedidos que chegam ao Brasil por meio de sites estrangeiros. . Após uma negociação que envolveu o governo, por sua vez, os deputados aprovaram o texto com alíquota de 20%.