O grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei de regulamentação da reforma tributária complementar (PLP 68/24) pretende entregar o seu relatório até ao final deste semestre legislativo, que termina em julho. Até lá, serão realizadas 8 audiências públicas e reuniões com técnicos do governo. O objetivo é chegar a um texto de consenso no grupo.
A informação foi divulgada, nesta terça-feira (28), pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE)que presidiu a primeira das audiências do GT, com a presença do secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Coutinho tornou público o plano de trabalho do colegiado, que é formado por sete deputados.
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“A intenção desse grupo é agilizar todo o processo para que possamos manter o prazo que foi imaginado e podermos oferecer esse relatório até o final deste primeiro semestre”, afirmou o parlamentar.
Linha do tempo
Das 8 audiências, 2 serão realizadas nesta terça-feira. Além de Appy, ouvido durante a manhã, o colegiado deverá se reunir à tarde com representantes de entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As demais audiências serão realizadas nas seguintes datas:
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- 3 de junho, às 14h30: sobre o funcionamento normal geral do IBS e CBS;
- 4 de junho, às 9h: sobre o modelo de funcionamento do IBS/CBS;
- 4 de junho, às 14h30: sobre IBS e CBS sobre exportações e importações, regimes aduaneiros especiais, regimes de bens de capital e zonas de processamento de exportações;
- 5 de junho, às 9h: cerca dinheiro de voltacesta básica e outros alimentos;
- 5 de junho, às 14h30: sobre regimes diferenciados, profissões regulamentadas, educação e serviços de saúde, entre outros;
- 6 de junho, às 9h: sobre regimes específicos e continuação de regimes diferenciados.
As audiências públicas serão presididas rotativamente pelos membros do grupo. Os convidados para os debates de junho ainda serão anunciados pelo secretariado do grupo de trabalho.
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Impacto na economia
Durante o debate, o secretário extraordinário da Reforma Tributária defendeu mais uma vez os principais pontos da proposta, como a Pagamento parcelado, um modelo de cobrança que separa o pagamento do imposto no momento da transação. Appy já havia participado de debate no início do mês na Câmara.
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Segundo ele, o impacto da mudança tributária na economia será sentido no médio prazo (entre 10 e 13 anos) e ajudará a reduzir a pressão pelo aumento da carga tributária. “Provavelmente estamos falando aqui de um aumento superior a 10 pontos percentuais no PIB potencial do Brasil devido à reforma tributária”, disse ele.
Inspeção e taxas
Os deputados levantaram os pontos da proposta que mais preocupam, como a fiscalização do IBS. O deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) teme que o contribuinte fique sujeito a uma dupla auditoria do imposto, que é compartilhada entre estados e municípios. “Temos que ter algum tipo de definição muito clara”, disse ele.
O deputado Moisés Rodrigues (União-CE) defendeu que a alíquota do Imposto Seletivo seja destacada na fatura ao consumidor, para que ele tenha conhecimento dela. O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) solicitou um período mais curto para devolver os créditos IBS/CBS.
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Também ouve sugestões para incluir o livre de impostos para o IBS/CBS aumentar o turismo. Ó livre de impostos consiste na restituição de impostos pagos nas compras realizadas por turistas estrangeiros. O secretário extraordinário da Reforma Tributária afirmou que a medida depende de análise de custos e benefícios e que o assunto pode ser estudado pelo governo.
(Com Agência Câmara)