O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD)criticou mais uma vez a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta quarta-feira (2), afirmando que o órgão regulador “politiza muito” e está em “completa desarmonia interna”.
Em entrevista coletiva em Foz do Iguaçu (PR), Silveira disse que suas cobranças à Aneel visam a correta implementação das políticas públicas traçadas pelo governo.
“Vocês nunca viram e nunca verão o Ministro de Estado entrar no mérito das definições da Aneel. Mesmo quando tenho dúvidas de tanta falta de sintonia entre seus dirigentes e tanta falta de convergência com a área técnica”, afirmou.
Continua após a publicidade
A fala de Silveira ocorre em meio à deterioração do relacionamento com o órgão regulador, após meses de cobranças do governo por uma regulação mais rápida de uma série de políticas setoriais, com o ministro chegando a falar em “intervenção” em carta enviada ao órgão.
O Aneelpor sua vez, queixa-se dos prazos apertados para a aprovação de regulamentos face à redução do seu quadro profissional e aos cortes orçamentais. Além disso, em Maio, os funcionários públicos iniciaram uma mobilização para promover as suas carreiras, o que levou a maiores desacelerações em alguns processos.
Outra dificuldade para avançar nas decisões regulatórias decorre do cargo vago no conselho desde a saída de Hélvio Guerra, em maio.
Continua após a publicidade
O governo, responsável pela nomeação do novo diretor, ainda não apresentou oficialmente o nome. Com a cadeira vazia e os diretores apresentando posições divergentes, vários processos terminam com votações empatadas, e outros nem sequer são agendados para deliberação.
Entre os casos de interesse do governo e em tramitação na Aneel, Silveira citou a transferência do controle da distribuidora de energia do Amazonas, em processo que visa alcançar a recuperação econômico-financeira e operacional da concessionária.
Segundo o ministro, a Aneel “não está sendo cuidadosa nem apresentando alternativas” à transferência do controle acionário da Amazonas Energia, que vem sendo negociada com a Âmbar, empresa pertencente à holding J&F.
Continua após a publicidade
“Se a transferência de controle não for bem-sucedida e houver uma intervenção (na Amazonas Energia), com consequente, possível e posterior caducidade, quanto custará ao Brasil? …A Aneel ainda não conseguiu apresentar publicamente, nem ao ministério, dados objetivos sobre a decisão que tomará”, afirmou Silveira.
Por determinação judicial, a Aneel foi obrigada a deliberar sobre o caso Amazonas Energia, e na véspera decidiu aprovar a transferência de controle desde que Âmbar aceitasse os termos de um plano proposto pela área técnica do regulador — o que acabou negado pela a empresa.
Outro conflito entre ministro e órgão foi aberto na véspera, com Silveira pedindo à Aneel que reconsiderasse a ativação da bandeira tarifária mais cara para o mês de outubro. O ministro pede uma mudança metodológica no mecanismo da bandeira para considerar o saldo superavitário da Conta Bandeira.
Continua após a publicidade
A Aneel disse que avaliaria a mudança, mas destacou que o mecanismo da bandeira é “objetivo” e aplicado “sem discricionariedade” pela agência, além de ter um componente educativo aos consumidores ao incentivar a economia de energia.
No caso das bandeiras, Silveira afirmou que os valores da Conta Bandeiras, que ficam no caixa das distribuidoras de energia, não deveriam ser tão altos, e que poderiam ser usados para impactar menos na conta de luz.
“Espero que os dirigentes da Aneel sejam responsáveis com a responsabilidade que dizem ter e com a prerrogativa de decidir quanto o brasileiro e a nossa economia pagam pela energia”, disse Silveira.
Continua após a publicidade
“A Aneel, no seu conjunto reativo de ações em relação às políticas públicas que o governo tenta defender, me mostra que politiza muito uma agência reguladora que deveria ter caráter técnico, mais objetivo, falar mais para dentro e menos para fora”, acrescentou o ministro, em sua resposta sobre a Conta Bandeiras.
Procurada, a Aneel disse que não comentaria as declarações do ministro.
Enseada 3
O ministro também comentou a continuidade dos trabalhos da usina nuclear Angra 3, destacando que uma decisão final deverá ser tomada ainda este ano no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), fórum interministerial presidido pelo Ministro da Economia. Minas e Energia.
“O que vou levar ao CNPE é uma visão holística da decisão, não é uma visão apenas baseada ou baseada na questão tarifária”, disse Silveira, citando como fatores os custos bilionários do abandono da obra e a possibilidade do Brasil desenvolvendo a cadeia nuclear com a exploração de urânio.
Silveira já havia previsto que a definição de Angra 3 poderia ocorrer em setembro, na reunião do CNPE, mas agora disse que ainda estão sendo feitos ajustes pelo BNDES nos estudos relacionados ao tema.
“O BNDES ainda está fazendo ajustes, ou fazendo algumas reflexões, nos números definidos até agora e só a partir daí teremos confiança para levar ao CNPE.”
emprestimos com desconto em folha
taxas de juros consignado
simulação de consignado
quero quero emprestimo
empréstimo pessoal brb
meu empréstimo
emprestimo para negativados curitiba
picpay logo
juros emprestimo aposentado
empréstimo bb telefone
auxílio brasil empréstimo consignado
simulador emprestimo aposentado
consignado auxílio brasil
onde fazer empréstimo