A decisão da agência de classificação de risco Moody’s de elevar o rating do Brasil de Ba2 para Ba1, um degrau abaixo do grau de investimento, na terça-feira (1), está mais relacionada a medidas passadas realizadas nas contas do país, do que a expectativas em relação a iniciativas futuras. A avaliação é de Andrei Spacov, economista-chefe da Exploritas.
“As pessoas às vezes ficam confusas. As agências de rating estão olhando mais para o retrovisor do que para frente”, avalia. “Considero esta decisão da Moody’s muito mais um reconhecimento do que o Brasil fez nos últimos cinco, dez anos, em termos de reformas estruturais e de melhoria do seu perfil de crescimento”, afirma.
O economista destaca que o Brasil vive três anos consecutivos de expansão acima de 3%. “Se olharmos para o passado, isso é raro no Brasil, crescendo nesses níveis três anos seguidos”, destaca.
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Spacov acredita que as reformas estruturais desde 2016, como a Previdenciária, trabalhista e, mais recentemente, tributária, são fatores importantes para o país aos olhos do órgão de risco. Ele também destaca a conquista da independência do Banco Central.
“A Moody’s era uma agência que ainda não tinha reagido a isto. O mercado está muito mais preocupado com os próximos dez anos”, afirma. Acrescenta que a Moody’s é a agência que mais considera o crescimento económico nos seus ratings.
“Antes da pandemia, o Brasil crescia 1,1%, 1,2% e estamos vindo de três anos de crescimento de 3%”, afirma.
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Outras agências
Fitch e S&P mantêm o Brasil dois degraus abaixo do grau de investimento, lembra o profissional. “A Moody’s tem uma visão muito mais construtiva do Brasil do que outras agências. Se você olhar para os últimos anos, eles rebaixaram o Brasil mais uma vez do que a Moody’s. Chegaram a três degraus abaixo do grau de investimento e a Moody’s nunca ficou abaixo de dois graus de investimento”, comenta.
Em 2023, tanto a Fitch como a S&P deram atualizações na nota de crédito do Brasil. “Eles trouxeram para o mesmo nível da Moody’s e agora a Moody’s passou para um nível acima deles”, destaca.
“Eu não acho que eles irão mais rápido. Acabaram de mudar a classificação do Brasil. Talvez eu tivesse que dar um sinal melhor ao fiscal para eles se mexerem”, afirma. Spacov acredita que tanto a Fitch quanto a S&P elevaram o rating do Brasil no ano passado, em grande parte com base no que a Moody’s fez agora.
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Desconfiança do mercado
O economista-chefe da Exploritas avalia, porém, que o mercado teme que o Brasil desacelere nos esforços para realizar reformas, o que levou alguns analistas a questionar a elevação do rating da Moody’s. “Na verdade, poderá voltar a haver uma situação má em termos de dívida pública no futuro”, destacou.
“Muitas pessoas no mercado veem esse crescimento como sendo anabolizado pela expansão fiscal. Em parte isso é verdade, mas em parte também é verdade que estamos colhendo louros principalmente da reforma trabalhista, com um mercado de trabalho (aquecido)”, afirma.
Para Andrei Spacov, “o governo precisa dar melhores sinais para o futuro do ponto de vista fiscal para trazer alguma melhoria mais relevante do ponto de vista do mercado”.
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