O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (30), que os acordos comerciais entre Brasil e México precisam ser revistos e novos devem ser estabelecidos para explorar todo o potencial de comércio e investimento entre os dois países.
Lula participou de fórum com mais de 400 empresários mexicanos e brasileiros, na Cidade do México, capital mexicana.
“O potencial da economia mexicana é extraordinário, o potencial da economia brasileira é extraordinário. Acho que ainda não conseguimos aproveitar 70% do potencial que temos. E por isso precisamos fazer novos acordos, discutir a fundo sem medo de discutir, sempre lembrando que uma boa política de relacionamento comercial é uma via de mão dupla: quero vender, mas quero comprar. É preciso que haja um equilíbrio equilibrado nessa relação política comercial”, disse o presidente.
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Lula está no México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, que acontece nesta terça-feira (1º).
“Acho que vocês, colegas empresários, não precisam ter medo, sentem-se à mesa, vejam quais são os problemas que estão dificultando as nossas relações comerciais e vamos ver se o futuro presidente da República e eu temos a sabedoria de garantir que as mudanças podem beneficiar o povo mexicano e o povo brasileiro”, acrescentou Lula.
Durante sua fala, o brasileiro falou sobre a parceria com o Congresso Nacional na aprovação de projetos importantes, como o marco fiscal e a reforma tributária, e defendeu a agenda de seu governo que, segundo ele, visa garantir previsibilidade e estabilidade no país.
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“E por que decidimos fazer tudo isso? Para que pudéssemos oferecer garantias não só aos empresários brasileiros, mas também oferecer garantias aos empresários estrangeiros”, disse. “O máximo que um Presidente da República pode fazer é abrir a porta, mas são vocês que sabem falar do negócio”, acrescentou.
A delegação brasileira conta com mais de 150 empresários de diversos setores, como alimentos, bebidas, máquinas, turismo, medicamentos, setor têxtil, fertilizantes e também comunicações e energia. O fórum promoveu painéis sobre investimentos, segurança alimentar e exploração de alimentos, cadeias produtivas e novas indústrias.
Acordos
O governo brasileiro está empenhado em aprofundar o acordo de complementação econômica entre Brasil e México, ACE 53. O Brasil quer ampliar o número de linhas que podem entrar com benefícios comerciais ou tarifas mais baixas, já que o acordo bilateral cobre apenas 13% das linhas tarifárias.
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O ACE 53 estabelece a eliminação ou redução de tarifas de importação para um universo de aproximadamente 800 posições tarifárias, por meio da concessão de margens de preferência recíprocas entre Brasil e México. O instrumento prevê ainda que, no caso do Brasil, as importações dos produtos incluídos no acordo não estarão sujeitas à aplicação do Frete Adicional para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).
Também estão em discussão a renegociação e modernização do ACE 55, acordo de livre comércio para troca comercial de automóveis; veículos comerciais leves, chassis com motor e cabine e carrocerias para esses veículos, caminhões e chassis com motor e cabine; tratores agrícolas, colheitadeiras, máquinas agrícolas autopropelidas e máquinas rodoviárias autopropelidas; e autopeças para os produtos automotivos listados.
Cenário atual
O México é o sexto parceiro comercial do Brasil e o quinto principal destino das exportações brasileiras. Em 2023, o comércio bilateral atingiu 14,1 mil milhões de dólares. Com quase 130 milhões de habitantes, o México tem a segunda maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil, e, em 2023, a economia do país cresceu 3,2%, o segundo ano consecutivo de crescimento acima de 3%.
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As relações comerciais entre Brasil e México cresceram nos últimos anos. De 2019 a 2023, as exportações brasileiras para o México cresceram 74%, com a pandemia no meio, passando de US$ 4,8 bilhões para US$ 8,5 bilhões.
Apesar do crescimento, as exportações do Brasil para o México representam apenas 2,5% do total, semelhante ao Chile, para onde o país exporta 2,3% do total. Por outro lado, as importações brasileiras de produtos mexicanos representam 2,3% do total das importações. Em 2023, o Brasil importou US$ 5,5 bilhões do México, crescimento de 4,9% em relação a 2022.
(Com Agência Brasil)
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