O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, apresentou deflação de -0,02 em agosto, após registrar alta de 0,38% em julho, informou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). . Esta foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%.
No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.
O dado mensal ficou ainda abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Reuters, que esperavam um IPCA quase estável em +0,01%. Na comparação anual, era esperado um IPCA de 4,29%.
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Segundo o IBGE, a inflação menos intensa no mês foi impulsionada pelos preços da energia elétrica residencial e dos alimentos e bebidas.
O gerente da pesquisa, André Almeida, destacou em nota que a mudança na bandeira tarifária de energia foi fator preponderante para explicar o resultado da queda do índice do grupo Habitação.
“A principal influência veio da energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional na conta de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua.
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No grupo Alimentação e bebidas (-0,44%), alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou a segunda queda consecutiva, após cair 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata-inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).
“O principal fator que contribuiu para a queda dos preços foi a maior oferta desses produtos no mercado devido ao clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação da produção. colheita”, destacou. Almeida.
Em alta, os destaques ficaram com mamão (17,58%), banana prata (11,37%) e café moído (3,70%).
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A alimentação fora do domicílio (0,33%) teve variação inferior à registrada no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto refeições acelerou de 0,24% para 0,44%.
O grupo Transportes manteve-se estável (0,0%) no mês, em grande parte devido a movimentos de preços em direções opostas nos seus principais subitens. Nos combustíveis, o gás veicular (4,10%), a gasolina (0,67%) e o óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol caiu 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).
“A queda no preço das passagens aéreas em agosto pode ser explicada por um movimento contrário ao observado em julho, mês das férias escolares, quando as passagens aéreas são mais procuradas devido às viagens que as famílias realizam”, explicou o gerente da pesquisa.
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INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) caiu 0,14% em agosto, 0,40 ponto percentual abaixo do resultado observado em julho (0,26%). No ano, o INPC acumulou alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,71%, abaixo dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa era de 0,20%.
Os produtos alimentícios caíram 0,63% em agosto, segunda queda consecutiva, após recuarem 0,95% em julho. Por sua vez, a variação dos itens não alimentares desacelerou de 0,65% em julho para 0,02% em agosto.
Regionalmente, Vitória registrou o maior aumento (0,13%), devido às tarifas de água e esgoto (4,04%). A menor variação foi observada em São Luís (-0,58%), devido à queda nos preços do tomate (-23,78%) e nos preços da energia elétrica residencial (-4,50%).
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