Os reguladores dos EUA não conseguirão finalizar os polêmicos aumentos de capital dos bancos antes das eleições presidenciais de novembro, levantando questões sobre se estes e outros projetos de regras rígidas para os bancos de Wall Street serão concluídos, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto.
As chamadas regras finais de Basileia III, ligadas ao Acordo de Basileia III, iriam reformular a forma como os bancos com mais de 100 mil milhões de dólares em activos gerem o seu capital, restringindo potencialmente os empréstimos e as negociações.
Os bancos norte-americanos dizem que o capital extra é desnecessário e prejudicará a economia, e fizeram lobby agressivamente para anular a proposta. Agora, o resultado dessa luta dependerá das eleições de 5 de novembro.
A candidata democrata à presidência, a vice-presidente Kamala Harris, pediu o fortalecimento das regras bancárias. Mas se o candidato republicano Donald Trump vencer, espera-se que a sua administração destrua ou enfraqueça drasticamente as novas regras, disseram as fontes. Trump prometeu cortar a burocracia.
Os dois candidatos estão em uma disputa acirrada, embora Kamala esteja liderando em alguns estados indecisos.
Os reguladores têm discutido há meses se devem reeditar o projecto de Basileia e permitir que os bancos apresentem os seus comentários sobre as alterações propostas. Os executivos do setor esperam que as agências proponham novamente a regra depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse ao Congresso no mês passado que era “essencial” fazê-lo, pois houve grandes mudanças.
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Mas ainda não está claro como o Fed irá persuadir as outras agências envolvidas, que querem finalizar a regra antes das eleições.
Mesmo que as agências cheguem a um acordo no próximo mês, provavelmente dariam aos bancos pelo menos 60 dias para fornecer feedback sobre as mudanças, o que é típico de regras complexas, disseram as fontes.
Isso tornaria quase impossível para as autoridades absorverem os comentários e elaborarem uma versão final antes que uma nova administração assuma a Casa Branca em janeiro de 2025, disseram as fontes.
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Este cronograma anteriormente não divulgado coloca em risco as alterações do Endgame e duas outras regras de dívida e liquidez para grandes bancos, que não podem ser concluídas até que o projecto de Basileia esteja em boas condições.
Combinadas, as regras poderão exigir que os bancos detenham mais de 200 mil milhões de dólares em capital e dívida extra, com base em estimativas regulamentares, o que significa que atrasos substanciais ou indefinidos poderão ser extremamente valiosos para a indústria.
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