O Banco Central (BC) informou, nesta sexta-feira (2), que as reuniões entre diretores e economistas de mercado, atualmente realizadas mensalmente, serão realizadas semanalmente. A mudança entrará em vigor neste semestre, segundo a autoridade monetária.
“O objetivo é captar de forma mais oportuna o sentimento e as projeções dos analistas econômicos ao longo do trimestre”, informou o BC, por meio de sua assessoria de imprensa.
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As reuniões entre autoridade monetária e analistas têm como objetivo fornecer a percepção dos participantes do Focus sobre a situação econômica. Originalmente, serviram para orientar a formulação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Até o início deste ano, esses encontros aconteciam trimestralmente, com listas que incluíam até 30 participantes em cada encontro. Desde janeiro, o BC realiza reuniões mensais, com menos economistas a cada edição. A mudança foi considerada positiva pelos participantes entrevistados pelo Estadão/Transmissão.
Novas regras
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Segundo o BC, cada economista convidado para reuniões com diretores da agência só será ouvido uma vez por trimestre. O BC também instruiu que as reuniões fechadas terão no máximo 15 participantes externos. Quando o número ultrapassar esse limite, a audiência será realizada em formato aberto à imprensa, via broadcast.
Caso um representante do BC já tenha se reunido com uma instituição, será necessário aguardar 60 dias, ou dois ciclos do Comitê de Política Monetária (Copom), para que uma nova audiência seja concedida. Anteriormente, o período entre as audiências entre o BC e as instituições era de 30 dias, ou um ciclo do Copom.
As audiências fechadas à imprensa serão preferencialmente presenciais e não poderão ser gravadas. Se feita remotamente, a transcrição automática não será permitida. Todas as audiências em que forem discutidos assuntos do Copom serão marcadas como tratando de “situação econômica”, marcador comumente utilizado pelo BC na agenda da administração.
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A autoridade monetária também formalizou que as palestras dos membros da diretoria colegiada para tratar da conjuntura econômica, ou seja, da política monetária, serão realizadas preferencialmente em formato aberto, seja no Brasil ou no exterior. Isto não se aplica a eventos organizados por organizações internacionais, outros bancos centrais ou grupos formados por ministros das finanças e presidentes de bancos centrais.
“Será permitida a gravação desses eventos externos, mencionados no item anterior, desde que disponibilizados para livre acesso do público na internet”, informou o BC.
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