SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a reforma tributária, em fase regulatória no Congresso, na noite desta quarta-feira, e afirmou que quem não paga impostos no Brasil precisa pagar novamente para que o governo possa reequilibrar as contas públicas.
Em entrevista à GloboNews, Haddad afirmou que o país tem um “déficit absurdo” há cerca de dez anos e que o governo vem tentando corrigir o problema.
“Quem não paga impostos tem que pagar de novo, senão não reequilibraremos as contas”, disse o ministro, que na entrevista citou mais uma vez o impacto das isenções de impostos sobre a folha de pagamento em 17 setores da economia na receita.
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Com foco nas contas de 2024, na última segunda-feira os Ministérios do Planejamento e da Fazenda confirmaram a necessidade de conter 15 bilhões de reais nos fundos dos ministérios para levar a projeção do déficit primário do governo central em 2024 para 28,8 bilhões de reais — exatamente o limite inferior do déficit zero margem de tolerância alvo.
Um dos fatores que levaram ao congelamento foi o aumento dos gastos projetados com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) —programa do governo que garante renda para pessoas com deficiência e idosos.
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Questionado sobre como será feita a contenção de 15 bilhões de reais sem que isso afete os programas sociais, Haddad lembrou que em 2023 o governo federal economizou dinheiro no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) ao identificar fraudes.
“Houve falta de controle de diversos cadastros no governo federal”, afirmou, defendendo o restabelecimento de filtros que possam identificar pagamentos indevidos.
“No ano passado foi feito um trabalho nesse sentido no MDS, que economizou algo em torno de 9 mil milhões de reais, simplesmente pela aplicação da lei e do que o legislador entendeu ser o certo a fazer”, reforçou, sem detalhar possíveis congelamentos a ser feito em outras áreas do setor público.
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Durante a entrevista, Haddad também foi questionado em duas ocasiões sobre a sustentabilidade do quadro fiscal no médio prazo — especificamente a partir de 2026 ou 2027 — considerando o crescimento dos gastos com seguridade social, saúde e educação.
O ministro reconheceu que existe agora um “debate legítimo” sobre o assunto, mas limitou-se a afirmar que o governo entregará um orçamento fiscal “bastante consistente” para 2025.
REFORMA TRIBUTÁRIA
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Na entrevista, Haddad também defendeu o andamento do projeto de regulamentação da reforma tributária, em tramitação no Senado.
Questionado sobre a possibilidade de o assunto demorar mais do que o esperado na Câmara, Haddad afirmou que é “natural” que o Senado queira se manifestar.
“Não vejo preocupação de que o Senado ocupe o segundo semestre com esse debate. Mas tenho muita confiança nos dirigentes… que fizeram um excelente trabalho no ano passado, para não atrasar a sanção dos regulamentos que têm tudo para acontecer este ano”, afirmou.
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Haddad lembrou que a mudança na tributação do consumo — atacada pela reforma tributária — é a mais complexa do Brasil, mas indicou que o governo pretende, numa segunda etapa, abordar a tributação da renda.
“O debate sobre a renda acontece com lei ordinária, e não com emenda constitucional. No entanto, do ponto de vista político, é uma questão mais espinhosa”, disse ele. “Pretendemos entregar ao Presidente da República cenários de como vemos a oportunidade de fazer a reforma de rendimentos, de melhorar a distribuição de rendimentos”, acrescentou.
TRIBUTAÇÃO DOS SUPER-RICOS
Haddad também voltou a defender durante entrevista à GloboNews a tributação global dos super-ricos — tema caro ao Brasil esta semana, com a reunião de autoridades da área financeira do G20 no Rio de Janeiro.
O ministro afirmou que a tributação busca atingir 3,4 mil famílias no mundo que detêm 15 trilhões de dólares em bens, mas que atualmente usam artimanhas para pagar menos impostos. Segundo Haddad, a proposta vem ganhando apoio de outros países.
Dois responsáveis do G20 disseram à Reuters, no entanto, que os líderes financeiros do G20 estão a preparar uma declaração conjunta para quinta-feira em apoio à tributação progressiva, que não chegará a endossar a proposta do Brasil para um “imposto global sobre bilionários”.
França, Espanha, Colômbia, Bélgica e União Africana apoiaram a ideia de tributar os super-ricos, juntamente com a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 no próximo ano. No entanto, a ideia foi resistida por grandes nomes, incluindo a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
Uma das ideias é que os recursos provenientes da tributação podem contribuir para a erradicação da fome em todo o mundo.
“O Brasil tem recursos suficientes para, durante este mandato do presidente Lula, tirar o país do mapa da fome”, disse Haddad. “Em relação ao mundo, o desafio é maior. Temos países com rendimentos muito baixos.”
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