Dois dias depois da aprovação do projeto de regulamentação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT)reiterou a preocupação da equipe econômica com a quantidade de exceções incluídas no texto.
A mais barulhenta – e de última hora – foi a inclusão da carne na cesta básica nacional, passando a integrar a lista de produtos que terão isenção tributária dos dois novos tributos introduzidos pela reforma tributária. De um modo geral, isto poderá ter um impacto relevante na taxa normal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Baixe uma lista de 11 ações Small Caps que, na opinião de especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos
Continua após a publicidade
Segundo estimativas do Ministério das Finanças, a inclusão da carne na cesta básica poderá gerar um aumento de 0,53 pontos percentuais sobre uma taxa padrão de 26,5%. O Banco Mundial, por sua vez, projeta que o impacto poderá ser ainda maior, até 0,57 pontos percentuais.
“Toda exceção, de certa forma, acaba prejudicando a reforma tributária. A taxa normal está subindo. Temos três formas de reduzir a alíquota: uma é não ter exceção, a segunda é combater a sonegação fiscal e a terceira é aumentar o imposto de renda”, explicou Haddad.
O ministro participou esta manhã do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo (SP). Haddad foi entrevistado por jornalistas e respondeu perguntas do público.
Continua após a publicidade
“Você envia um projeto coerente com essas três estratégias. Mas você sabe que o Brasil é um país patrimonial. Grupos de interesse tomam conta do Estado brasileiro, é assim desde o fim do Império. O papel do poder público é blindar o Estado brasileiro, e a reforma tributária é um grande salto patrimonial”, afirmou.
Haddad disse que o “cashback” foi defendido pela equipe econômica como uma possível alternativa à inclusão da carne na cesta básica. “O cashback foi uma boa alternativa. Em vez de zerar o imposto sobre a carne para todos, manteve-o baixo e devolveu-o à população de baixa renda”, disse ele.
Apesar de preocupado com o possível aumento da alíquota do IVA, Haddad respondeu com bom humor quando questionado se se sentia derrotado com a inclusão da carne na cesta básica. A medida foi defendida publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas foi rejeitada pelo Tesouro.
Continua após a publicidade
“O Ministro das Finanças ou está derrotado ou parcialmente derrotado. Não tem ministro da Fazenda ganhando, não está no horizonte”, brincou Haddad, arrancando risadas da plateia.
O ministro afirmou ainda que algumas mudanças aprovadas pela Câmara dos Deputados são naturais – e que também são esperadas durante a apreciação do tema pelo Senado.
“Se você enviar um projeto de lei ‘básico’ ao Congresso, você não vai cobrar nada: nem do osso, nem da carne. Você envia um projeto sabendo que haverá negociações lá”, disse Haddad.
Continua após a publicidade
“Não tem como o Tesouro mandar um projeto dizendo: é isso ou nada. Estou a negociar com o Parlamento desde 2001. Para abrir uma mesa de negociações é preciso ter uma estratégia”, acrescentou.
A proposta segue agora para o Senado Federal, onde também precisará do apoio da maioria dos membros (ou seja, de pelo menos 41 dos 81 deputados) para avançar.
Este é o primeiro projeto de lei complementar que avança na regulamentação de pontos contemplados na Emenda Constitucional (EC 132/2023) da reforma tributária, promulgada pelo Congresso Nacional no final do ano passado. A outra, voltada para questões federais, deverá ser votada pelos deputados apenas em agosto.
Continua após a publicidade
O texto aprovado tem como foco a construção da Contribuição sobre Circulação de Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS), que substituirá um conjunto de 3 tributos federais (PIS, Cofins e IPI) e outros 2 subnacionais (ICMS e ISS).
Aborda também regimes tributários específicos, regras de alíquotas, padrões de incidência, sistema de créditos e restituições de tributos arrecadados e aplicação do princípio da não cumulatividade. Além dos setores favorecidos pelas taxas reduzidas, a criação da Cesta Básica Nacional, os incentivos à Zona Franca de Manaus e às Áreas Francas e as regras de transição e constituição de fundos de compensação.
emprestimos com desconto em folha
taxas de juros consignado
simulação de consignado
quero quero emprestimo
empréstimo pessoal brb
meu empréstimo
emprestimo para negativados curitiba
picpay logo
juros emprestimo aposentado
empréstimo bb telefone
auxílio brasil empréstimo consignado
simulador emprestimo aposentado
consignado auxílio brasil
onde fazer empréstimo