A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, em sessão desta quarta-feira (10), a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que confere autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central, após acordo com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT)que indicou possível apoio à iniciativa caso o texto seja alterado.
A análise da medida foi remarcada para sessão da CCJ na próxima quarta-feira (17), dando tempo para o governo negociar com os parlamentares.
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Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “nada tem contra” a autonomia financeira do BC, mas não concorda com a transformação da autarquia em órgão público empresa. Segundo ele, a mudança na situação jurídica teria impacto direto no resultado primário do governo.
“Vou admitir publicamente, porque ouvi do ministro Haddad, ‘não tenho problema com autonomia financeira’, até porque custa 70 milhões de reais, 80 milhões de reais”, disse.
“Então, quero propor que possamos criar um texto que atenda ao ponto central da proposta, que é a autonomia financeira e administrativa, e não confunda, não com a transformação do BC em empresa”, completou.
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Nota informativa enviada aos senadores pela Casa Civil apresenta posicionamento contrário à PEC, com argumento semelhante ao apresentado por Wagner. A interpretação do ministério é que a nova regra mudaria a forma de contabilização dos fluxos financeiros entre o BC e o Tesouro, impactando o resultado primário do governo.
A mudança, segundo a Casa Civil, poderia gerar um efeito contábil negativo de 125 bilhões de reais no resultado primário de 2025, valor referente à cobertura de resultado negativo do BC, inviabilizando o cumprimento do marco fiscal. Atualmente, essas transferências não impactam o resultado primário.
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A proposta, que vai um passo além da autonomia operacional do BC, em vigor desde 2021, é defendida pela maioria dos conselheiros da autoridade monetária, mas criticada pelo governo Lula.
O texto altera o regime jurídico da autarquia para transformá-la em empresa pública de natureza especial com autonomia orçamental e financeira. Com a medida, o orçamento da agência seria financiado por receitas próprias, deixando de depender de repasses do Tesouro Nacional.
Na terça-feira (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)), indicou que o tema não deverá ser avaliado no plenário da Câmara no curto prazo caso seja aprovado na CCJ, defendendo um debate “mais aprofundado e mais longo” da proposta, citando questionamentos levantados pelo governo sobre a iniciativa.
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Lula vinha criticando reiteradamente o BC e o modelo de autonomia operacional, com foco nos ataques ao presidente da autoridade, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Jair Bolsonaro. O presidente interrompeu as críticas na semana passada em meio a uma rápida desvalorização do real, o que refletiu em parte as incertezas geradas por suas declarações.
A PEC da autonomia financeira também tem sido alvo de questionamentos do ministro Haddad, que disse em março não concordar com pontos do texto e que o BC deveria ter conversado com o governo antes de defender a proposta.
A proposta é defendida enfaticamente por Campos Neto e elogiada pelo diretor de Assuntos Internacionais, Paulo Picchetti. O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, porém, que é cotado para se tornar presidente do órgão a partir de 2025, levantou dúvidas sobre o texto em março deste ano.
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Autonomia financeira do BC
Em linhas gerais, a PEC transformaria o BC, órgão federal com orçamento vinculado à União, em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. O BC teria total liberdade para definir, por exemplo, os planos de carreira e salários de seus funcionários, contratações e reajustes. O financiamento das atividades da instituição seria feito com receitas provenientes da chamada “senhoriagem”, entendida como “o custo de oportunidade do setor privado em deter moeda em comparação com outros ativos que rendem juros” – nos moldes do que ocorre no centro bancos em países como Estados Unidos, Canadá, Suécia, Noruega e Austrália.
“A necessidade de recursos financeiros para cumprir a sua missão institucional exige alterações no quadro jurídico. A proposta de evolução institucional do Banco Central do Brasil prevê a garantia de recursos para que atividades relevantes para a sociedade possam ser realizadas sem restrições financeiras, tanto para a instituição quanto para o Tesouro Nacional”, diz o texto da PEC.
Na prática, a proposta amplia a autonomia operacional do BC estabelecida há três anos. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto, aprovado pelo Congresso Nacional, que autonomizou o BC em seu funcionamento, o que limitou a capacidade do Poder Executivo de influenciar decisões relacionadas à política monetária. Desde então, os mandatos do presidente do BC e do chefe do Palácio do Planalto não são mais os mesmos. Agora, o chefe do município toma posse sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo.
(Com Reuters)
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