As maiores usinas solares do país ultrapassaram a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional em junho, informou esta semana a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência equivale à capacidade instalada de Itaipu, segunda maior hidrelétrica do planeta.
Atualmente, todos os estados da federação possuem grandes usinas solares. Na divisão por regiões, o Nordeste ocupa a liderança, com 59,8% da potência instalada. Em seguida vêm o Sudeste, com 39,1%, e o Sul, com 0,5%. Completam a lista o Norte e o Centro-Oeste, com 0,3% cada.
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Segundo a Absolar, mesmo com a dependência da luz solar, é plenamente possível aumentar significativamente a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. A expansão, afirma a entidade, pode garantir a fiabilidade, segurança e estabilidade do sistema eléctrico do país, mantendo o equilíbrio técnico e económico dos contratos de todos os produtores de energia.
Variação dos ventos
Estudo realizado de 2019 a 2021 pelo Ministério de Minas e Energia, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela GIZ, entidade de cooperação internacional do governo alemão, encontrou sinergia entre as matrizes energéticas energia renovável no Brasil. Quando há variações nos ventos e no Sol, são as hidrelétricas que garantem o equilíbrio do sistema, e não as termelétricas fósseis. Atualmente, o estudo está na terceira fase.
Ao considerar unidades de produção de energia solar de todos os portes, desde a produção doméstica até grandes usinas, o Brasil atingiu, em 2023, 15,7 gigawatts de potência máxima de energia fotovoltaica. Com 4% do mercado global, o país se consolidou como o terceiro maior produtor de energia solar, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
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A conclusão consta do relatório Global Outlook for Solar Power 2024-2028, elaborado pela organização Energia Solar Europa e publicado na Alemanha. Tanto na pesquisa Absolar quanto no relatório europeu a metodologia considera a potência máxima de produção, em cenários com maior insolação, e não a potência nominal instalada,
Segundo a Absolar, desde 2012, o setor foi responsável por R$ 60,7 bilhões em investimentos e gerou mais de 424 mil empregos verdes. No mesmo período, a produção de energia solar rendeu R$ 20 bilhões aos cofres públicos.
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