A indústria brasileira, que vinha em recuperação nos últimos meses, sofreu o impacto da calamidade climática no Rio Grande do Sul e viu piora nos seus principais indicadores setoriais no mês, segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (19) pela da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em maio de 2024, o índice de evolução da produção industrial atingiu 47,4 pontos, ficando abaixo da linha média de 50, após dois meses de avanço da produção. Esse indicador havia sido 51,0 em março e 51,2 em abril.
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A CNI disse em nota que o movimento de queda na produção é comum para os meses de maio, mas que se mostrou mais intenso e generalizado neste ano e que foi influenciado principalmente pela queda na produção na região Sul. o índice de chuvas e enchentes da região atingiu 39,6 pontos em maio.
Houve também queda na produção no Sudeste, embora em menor proporção. Nas demais regiões, o índice de evolução da produção manteve-se acima dos 50 pontos, evidenciando aumento da produção.
Emprego e capacidade instalada
O índice de evolução do número de empregados também sofreu e atingiu 49 pontos em maio, o que mostra que houve queda no emprego industrial em relação a abril.
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Esta foi a primeira queda em quatro meses e também foi influenciada pela queda do índice de emprego industrial na região Sul, que atingiu 47,6 pontos no mês, o menor valor entre os índices regionais.
Os indicadores revelam também redução do emprego, ainda que mais branda, nas regiões Sudeste e Nordeste – embora próximos, os indicadores ficam abaixo da linha dos 50 pontos.
Em linha com a queda da produção, houve queda de 1 ponto percentual na Utilização da Capacidade Instalada, que atingiu 69% no período. Essa queda também foi fortemente influenciada pelo resultado no Sul. A região registou uma queda de 9 pp, para 63% na utilização da capacidade.
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A CNI destaca que o Uso da Capacidade Instalada esteve em patamar elevado nos últimos meses. Assim, mesmo com as quedas observadas em maio, o índice permanece relativamente elevado.
De abril a maio também houve queda nos níveis de estoques.
Mesmo com os piores dados do mês, o indicador de expectativa de demanda de junho subiu 0,3 ponto, atingindo 56,4 pontos, enquanto o índice de expectativa de compra aumentou 0,6 pp, para 54,7 pontos.
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Em junho de 2024, o indicador de quantidade esperada exportada atingiu 52,8 pontos, enquanto o indicador de número esperado de empregados atingiu 51,8 pontos. De maio para junho, ambos os indicadores aumentaram 0,2 pontos percentuais.
O indicador de intenção de investimento atingiu 57,4 pontos, após subir mais 0,5 ponto que em maio. Com o avanço, índice fica 5,5 pontos acima da média histórica da série, de 51,9 pontos
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