O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem vantagem de 2 pontos percentuais sobre seu adversário, Donald Trump, nas eleições presidenciais de novembro, após a condenação histórica do republicano em Nova York, segundo pesquisa Reuters/Ipsos concluída nesta sexta-feira (31).
Trump foi acusado de ter falsificado registos financeiros para ocultar pagamentos a uma atriz de filmes adultos.
No total, 41% dos eleitores entrevistados na pesquisa —realizada horas depois da condenação de Trump, na quinta-feira (30)— afirmaram que optariam por Biden, o candidato do Partido Democrata, se a eleição fosse realizada hoje.
Na pesquisa, 39% informaram que votariam em Trump.
20% dos entrevistados afirmaram que não escolheram nenhum dos candidatos e/ou que provavelmente escolherão uma terceira via ou não votarão no dia 5 de novembro.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Entre 7 e 14 de maio, a Reuters/Ipsos realizou outra pesquisa que mostrou Trump e Biden empatados em 40%.
A pesquisa também revelou que 10% dos eleitores escolheriam Robert Kennedy Jr. — um ativista contra as vacinas que concorre como independente — se ele estivesse nas urnas com Trump e Biden.
Na pesquisa anterior, o candidato tinha 13%.
Embora as sondagens nacionais mostrem tendências importantes no apoio aos candidatos, são alguns estados-chave que normalmente afectam o equilíbrio do colégio eleitoral americano, que realmente decide quem ganha as eleições presidenciais.
Com muitos eleitores ainda indecisos cerca de cinco meses antes do dia das eleições, ambos os candidatos apresentam fraquezas importantes na primeira revanche presidencial em quase 70 anos.
Na quinta-feira (30), Trump se tornou o primeiro presidente ou ex-presidente na história dos EUA a ser condenado por um crime.
O candidato republicano prometeu recorrer da sentença e afirmou que a acusação tinha motivação política.
Trump será condenado em julho, depois de um júri considerar o ex-presidente culpado de 34 acusações depois de pagar subornos a uma atriz de cinema adulto antes das eleições de 2016.
O republicano de 77 anos também enfrenta outras acusações criminais, que envolvem a tentativa de reverter sua derrota nas eleições de 2020 e o manuseio de documentos confidenciais após deixar a presidência em 2021. Ele se declarou inocente em todos os casos.
As fraquezas eleitorais de Biden incluem a sua idade, 81 anos, e fortes críticas dentro do próprio Partido Democrata devido ao seu apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza.
Nos últimos meses, foram relatados protestos em universidades dos EUA, aumentando o receio entre os democratas de que os jovens eleitores se possam voltar contra o atual presidente.
A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 2.135 eleitores, que responderam à pesquisa online.
Compartilhar: