A cigana Suyany Breschak, presa por envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, revelou à polícia que a ex-companheira do empresário, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, principal suspeita do crime e atualmente foragia, trabalhava como telefonista menina e lhe deve menos R$ 600 mil pelos serviços místicos prestados.
A CNN teve acesso aos documentos do último depoimento prestado pela cigana, nesta quarta-feira (29). A mulher contou que conhece Júlia há pelo menos 12 anos e que inicialmente foi procurada para prestar “ajuda espiritual” e ajudá-la a reconquistar um ex-namorado da época.
Segundo o comunicado, ao longo dos anos foram realizadas diversas obras e, para quitar a dívida, Júlia fez pagamentos mensais de R$ 5 mil. A polícia aguarda a quebra do sigilo bancário para confirmar a informação.
Suyany disse ainda aos policiais que Júlia geralmente solicitava trabalhos que envolvessem “limpeza espiritual” e rituais que visavam atrair mais clientes, além de serviços que visavam ajudá-la a esconder sua fonte de renda de familiares e parceiros.
Na reportagem, a cigana disse ainda que Júlia dividia a vida, passando fins de semana com o namorado e meio de semana com Luiz Marcelo, e eventualmente continuando a atender clientes em serviços sexuais.
Suyany disse ainda que a vítima do crime conhecia a profissão do companheiro e conheceu a mulher há aproximadamente 10 anos em uma plataforma online. O homem citado pela cigana, que seria o outro companheiro de Júlia, ainda não foi ouvido pela polícia.
O caso
Suyany Breschak foi presa pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 29 de maio sob suspeita de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond. O corpo de Ormond foi encontrado em avançado estado de decomposição em seu apartamento, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 20 de maio.
A namorada do empresário, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, é a principal suspeita do crime e está foragia. Júlia é acusada de dopar e assassinar Ormond, além de enviar mensagens do celular dele para enganar amigos e familiares sobre seu paradeiro.
Suyany Breschak teria ajudado Júlia a esconder os bens do empresário, incluindo a venda de seu carro. Durante a prisão, Suyany confessou ter participado da ocultação dos pertences de Ormond e revelou que grande parte de sua renda vinha do pagamento de uma dívida de R$ 600 mil que ela tinha com a vítima. O caso está sendo investigado pela 25ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro.
A CNN tentou contato com a defesa de Suyany Breschak, mas não obteve resposta.
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