O mistério que envolve a morte de Djidja Cardoso, ex-senhora do Boi Garantidoganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (30), com o prisão da mãe e do irmão da empresária.
Foram presos na casa onde Djidja morreu.
Com eles, a polícia apreendeu medicamentos controlados e medicamentos veterináriosque são usados para sedar animais de grande porte.
Depoimentos
Em depoimento à polícia, uma ex-namorada de Ademar Cardoso, irmão de Djidja, relatou já ter usado cetamina Isso é Potenay, medicamentos veterinários, junto com ele e sua mãe, Cleusemar Cardoso, também mãe de Djidja. Ela relatou que, em algumas ocasiões, foi abusada sexualmente por Ademar enquanto usava drogas.
Em outro depoimento, a atual namorada de Ademar disse à polícia que também fazia uso do medicamento. Esta, segundo este depoimento, foi uma exigência de Cleusemar, mãe de Ademar e Djidja, para aceitar a presença desta atual namorada em sua residência. Foi uma forma de “purificação”.
Durante seu depoimento, essa jovem relatou que passou a sofrer de infecções urinárias frequentes, possivelmente por uso de drogas. Em uma das ocasiões, Ademar tomou cetamina para ela aplicar enquanto estava internada em um hospital de Manaus.
“Eles estão doentes”
A advogada de Cleusimar Cardoso e Ademir Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso, disse que os dois “estão doentes”. O depoimento foi dado em frente à sua casa onde os dois estão presos sob suspeita de envolvimento na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido.
Lidiane Roque, que assumiu a defesa dos dois suspeitos, disse que a linha de defesa será certificar a incapacidade mental dos familiares de Djidja, pelo facto de serem consumidores de alguns tipos de drogas. No mandado de prisão, a Justiça lista o tráfico de drogas como um dos possíveis crimes apontados contra Cleusimar e Ademir.
Entenda o caso
Dilemar Cardoso Carlos da Silva, a Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa onde morava, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela foi uma das personagens principais, Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.
Outros familiares da ex-sinhazinha acusam pessoas mais próximas de cometer crimes na casa da vítima, incluindo realizar ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou os arguidos de negarem ajuda à vítima e de encorajarem a sua dependência de drogas.
“Djidja morreu por falta de ajuda da mãe e do grupo Belle Femme de Manaus. Sua casa na nova cidade virou uma Cracolândia. Cada vez que tentávamos admitir Djidja, éramos impedidos pela mãe dela e pelo bando de alguns funcionários que fazem parte do esquema. A mãe dela sempre nos dizia para não interferir na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, nossas mãos estavam atadas. E lá é igual, todo mundo se drogando na casa dela”, diz trecho do post de Cleomar no Facebook.
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