Um cigano suspeito de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (29). A mulher foi identificada como Suyany Breschak.
Segundo as investigações, o empresário pode ter morrido após consumir um brigadeiro envenenado.
Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Uma câmera de segurança do prédio onde ele morava, na zona norte do Rio, mostra o empresário acompanhado da namorada Júlia Andrade Cathermol Pimenta, considerada responsável pelo crime.
Ela é suspeita de ter drogado o companheiro e depois o matado. A mulher continua foragida. Sua foto ainda foi incluída no Hotline do Rio.
No dia 20, o corpo de Luiz Marcelo Antonio Ormond foi encontrado no apartamento onde ele morava, após vizinhos sentirem um cheiro forte. O corpo estava em avançado estágio de decomposição, mas uma marca que indicava uma possível pancada na cabeça levou os agentes a investigarem a morte como suspeita.
A mulher detida ontem disse à polícia que Júlia permaneceu no apartamento e enviou mensagens reclamando do cheiro que o corpo em decomposição exalava. A certa altura, ela chegou a dizer que tinha um urubu na janela. A namorada também teria enviado mensagens no celular do morto, fingindo ser ele.
Durante a investigação, os agentes descobriram que a namorada da vítima estava no apartamento enquanto ele já estava morto.
Em um vídeo obtido por CNNa mulher aparece ao chegar da academia, enquanto o corpo do empresário estava no apartamento.
O laudo pericial do IML apontou que ele morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado.
O que aconteceu depois
A presa atua como cigana e teria ajudado Júlia a se desfazer de bens de Ormond, como seu carro. O veículo foi levado para Cabo Frio, na Região dos Lagos, após supostamente ter sido vendido pelo valor de R$ 75 mil.
Abordado pela polícia, o homem que estava em posse do carro apresentou um documento manuscrito, que disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem.
O celular e o computador de Ormond foram encontrados com o mesmo indivíduo. Ele foi preso em flagrante por receber bens roubados.
Em depoimento, a presidiária confessou ter ajudado a se desfazer dos pertences da vítima e revelou que grande parte de seus ganhos vinha do pagamento da dívida que tinha com a vítima, cerca de R$ 600 mil. Um mandado de prisão temporária foi cumprido contra ela por homicídio qualificado.
Ao longo da investigação, em que várias testemunhas prestaram depoimentos, a namorada da vítima foi ouvida na delegacia e teria demonstrado frieza. Ela disse que não tinha conhecimento, até então, da morte do namorado.
Segundo ela, a vítima havia aberto uma conta conjunta em seu nome. As imagens mostraram a mulher indo ao condomínio buscar o cartão desta conta, entregue pelo correio, enquanto o homem já estava morto.
A namorada do empresário continua foragida e o caso continua sob investigação da 25ª DP. A CNN tenta contato com a defesa de Suyany, mas ainda não obteve resposta.
* Sob supervisão
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