Campeão brasileiro pelo Sport em 1987, o ex-goleiro Flávio de Barros Bruno da Silva é investigado pelo estupro de uma menina de 9 anos. A informação, inicialmente revelada por G1foi confirmado por Itatiaia junto à Polícia Civil de Pernambuco nesta terça-feira (28).
O caso teria ocorrido na escolinha de futebol coordenada pelo ex-atleta, o “CT do Flávio”, localizada no bairro de Caxangá, zona norte do Recife. Em relato ao G1, a mãe da vítima revela que Flávio levou a criança para um consultório e abusou sexualmente dela.
“Ele tem, dentro de um quarto de uniforme, uma porta — que nem sabíamos que existia —, onde fica o escritório e, dentro desse escritório, há uma cama. Ele a levou para dentro, deitou-a na cama e puxou-a para sentar em seu colo. E ele ficou se esfregando ali, fazendo movimentos de esfregar a genitália na bunda dela, e perguntando: ‘Você gosta de mim?’. Quando ela conseguiu sair, ele colocou a mão na calcinha dela e apertou suas partes. Aí ela pegou os dois ursinhos de pelúcia e fugiu”, disse ele.
A menina ia para a escola com a mãe para ver treinar o irmão, que estava matriculado lá há cerca de dois meses. A criança teria sido abordada por Flávio quando passava pelo quarto para escolher um ursinho de pelúcia.
“Ela entrou, e a irmã dele [de Flávio], que trabalha na cantina, percebeu que ela estava lá dentro sozinha com ele e disse que ia me ligar para ajudar a escolher um ursinho de pelúcia. Eu fui, ela estava muito indecisa, e ele falou: ‘Você viu que não precisou ligar para a mãe? Ela pode voltar para assistir ao jogo, não está me incomodando, pode ir”, relata a mãe, que avaliou que, como a porta estava aberta, não houve problema.
Cinco a dez minutos depois, a menina voltou com dois animais na mão, mas não quis ficar com eles.
“Quando chegávamos em casa – normalmente ela chegava com o ursinho, sentava para jantar, ia dormir segurando o ursinho. Ela jogou os ursinhos em cima da mesa e foi dormir na minha cama. Ela não jantou, não tomou banho, não ligou para os ursinhos”, disse a mãe.
O caso é investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), como estupro de vulnerável.
“As investigações especiais ainda estão em andamento. Maiores detalhes não poderão ser repassados à imprensa por envolverem menores”, diz comunicado da corporação.
Posição de defesa de Flávio
Ainda ao G1, a defesa de Flávio disse que não teve acesso ao conteúdo das investigações e que, por isso, não comentará.
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