O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de três investigações da Polícia Federal. Segundo a instituição, elas serão finalizadas até setembro.
Cronograma de FP
- Junho: porta-joias;
- Julho: carteira de vacinação;
- Setembro: suposto golpe de estado.
Confira abaixo do que se trata cada uma das três pesquisas:
Joia
O caso das “joias sauditas” revela um suposto plano de negociação de joias que foram presenteadas a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. As peças teriam, em tese, sido omitidas e vendidas no exterior.
O caso envolveu, além de Bolsonaro, o tenente-coronel e ex-ajudante de campo Mauro Cid e seu pai, o general Mauro César Cid.
Além deles, o ex-advogado do ex-presidente, Frederick Wassef, e o tenente do Exército Osmar Crivelatti, foram alvos da investigação.
Como você descobriu o CNNMauro Cesar Cid tentou vender as joias em Miami, nos Estados Unidos, enquanto Crivelatti ficou responsável por cuidar das joias.
A investigação deve ser concluída pela Polícia Federal em junho deste ano. A PF coletou imagens nos Estados Unidos – onde as joias seriam legais – e incluiu o último investigado na investigação há cerca de duas semanas.
Cartão de vacinação
Em março deste ano, o ex-presidente foi indiciado ao lado do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de campo, por suposta participação em esquema de fraude de cartão de vacinação contra a Covid-19.
Segundo investigação da PF, os registros falsificados foram feitos por uma organização criminosa que teria incluído os dados falsificados no sistema do Ministério da Saúde.
O projeto teria sido iniciado por Cid e abrangeria outras pessoas, inserindo “dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”.
Suposta conspiração de golpe
Além dos dois casos, a investigação que envolve a participação do ex-chefe do Executivo num alegado esquema de golpe de Estado planeado pela liderança do seu governo está marcada para o final de setembro.
A investigação envolve ex-ministros e ex-chefes do Exército, que supostamente planejaram um projeto de golpe para estabelecer estado de sítio no Brasil e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o ex-presidente nas urnas em 2022.
Depoimentos prestados à Polícia Federal teriam confirmado que Bolsonaro esteve presente em reuniões entre ex-comandantes das Forças Armadas.
Outro lado
Sobre o caso das joias, a defesa do ex-presidente já afirmou em ocasiões anteriores que ele não cometeu qualquer ilegalidade em relação a quaisquer presentes que lhe foram entregues durante o seu mandato.
Sobre os cartões de vacinação, ele afirma que Bolsonaro nunca determinou ou soube que algum de seus assessores havia criado certificados de vacinação com conteúdo ideologicamente falso.
O ex-presidente também nega qualquer ligação com um suposto plano de golpe de Estado.
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