O ex-jogador e agora comentarista esportivo Walter Casagrande participou, neste domingo (26), do programa Domingol com Benja e falou sobre a polêmica entre Abel Ferreira e Al-Sadd. O clube do Catar alega que o treinador descumpriu pré-contrato e cobra multa de 5 milhões de euros (R$ 27,76 milhões na cotação atual).
Para Casagrande, a “lógica” diz que o técnico do Palmeiras teria assinado um pré-contrato com o clube catariano.
“Eu vou com a lógica. Para mim, ele assinou. Se ele não assinou, ele disse na coletiva ‘Eu não assinei nada, sabe?’. Então acho que ele assinou. A lógica diz isso. Se você ainda não assinou, é muito simples. Se eu não fiz algo que todo mundo está dizendo que eu fiz, irei a uma coletiva de imprensa e direi que ‘não assinei nada, que meus advogados estão trabalhando, conversei com as pessoas e até cheguei a um acordo, mas não assinei. Conversei com minha família, com a Leila, eles me convenceram a ficar”, disse o comentarista.
“Mas se você não diz isso, é porque algo diz. Ele assinou um pré-contrato, provavelmente quando o Botafogo estava pegando fogo e poderia pegar fogo. Quando ele chegou em dezembro foi campeão, a torcida mudou, a família se adaptou ao São Paulo… e ele foi para lá, o humor mudou, então o ciclo não acabou”, finalizou Casão.
Na passada quinta-feira, em conferência de imprensa, Abel Ferreira evitou ser questionado sobre o assunto.
“Gostaria de dizer o seguinte: a minha carreira de treinador é um livro aberto, começou em 2012. Um livro com capítulos de glória, alguns de tristeza e frustração e com certeza há duas ou três páginas que eu rasgaria, mas, infelizmente , Acho que um livro é genuíno quando todos os ingredientes estão dentro. Gostaria de acrescentar ainda mais, inclusive no ano passado, em outubro, novembro e dezembro, que sou dono da minha alma e capitão do meu destino. E o capitão do meu destino queria que eu chegasse ao Palmeiras em 2020”, explicou.
“Sou treinador do Palmeiras e estou treinando o Palmeiras. É bom, é motivo de orgulho, e o capitão do meu destino me trouxe para o chiqueiro e para o Palmeiras. Vencemos, já vencemos este ano, e se Deus quiser continuaremos vencendo com o trabalho de todos do CT. Estou onde quero estar e onde querem que eu esteja”, garantiu Abel.
Entenda o caso
Al-Sadd alegou à FIFA que Abel Ferreira assinou um pré-contrato em 15 de novembro do ano passado. O acordo seria que o comandante português assumisse a equipa a partir de dezembro de 2023.
Depois, porém, Abel Ferreira recuou e assinou renovação com o Palmeiras até o final da temporada seguinte.
De acordo com as regras atuais, os jogadores podem assinar um pré-contrato seis meses antes do término do contrato atual. Para treinadores, não há restrição.
Na Fifa, o Palmeiras poderá ser penalizado caso a entidade entenda que o clube induziu Abel Ferreira a não cumprir o acordo com o Al-Sadd.
O processo ainda está em fase inicial e não tem prazo para conclusão.
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