O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, elogiou o potencial do Brasil como país produtor no mundo contra o que classificou como a baixa autoestima que acompanha os brasileiros. Lula disse que o Brasil não produzirá hidrogênio verde apenas para exportar e, se os países tiverem interesse no produto, precisarão trazer desenvolvimento.
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“O povo brasileiro sempre teve baixa autoestima, porque sempre fomos levados a acreditar que havia alguém melhor lá fora”, disse o presidente da República, durante a inauguração da planta de Etanol de Segunda Geração da Raízen nesta sexta-feira, 24, em Guaribá (SP). “Precisamos acreditar que, de vez em quando, Deus nos dá uma oportunidade, a natureza nos dá uma oportunidade, e temos que saber se queremos ou não aproveitar isso em nosso benefício ou se queremos aproveitar o que foi acordado e dá-lo a outros. e permanecer pobre.”
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Lula comentou que, como presidente da República, está “num time que tem 203 milhões de jogadores”. “Todos os dias tenho que acordar elevando a autoestima das minhas tropas, dos meus jogadores”, disse ele. “Eu digo aos ministros: ‘Não há possibilidade de pessimismo de quem mora no país, que tem a competência do Brasil, que já perdeu tantas oportunidades, mas que é o maior produtor de suco de laranja, café, açúcar… ”
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Com investimento de R$ 1,2 bilhão, a unidade da Raízen é considerada a maior do mundo e tem capacidade de produção estimada em 82 milhões de litros de etanol por ano, em linha com a crescente demanda global por economias de baixo carbono. Em seu discurso, Lula afirmou que promoverá o etanol de segunda geração no mundo. “O mundo precisa entender que este não é um país pequeno.”
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O presidente aproveitou o evento para dizer que a produção de hidrogênio verde no Brasil não será apenas para exportação. “Se você quiser, eles podem vir e usar energia verde aqui, trazendo empregos aqui, trazendo desenvolvimento aqui”, disse ele.
Piada sobre bagaço de cana
Lula também brincou nesta sexta sobre o uso do bagaço da cana, hoje queimado para produzir energia, na alimentação animal. Ele disse que o subproduto da cadeia sucroalcooleira pode ser bom “se tiver gosto de álcool”.
“Vou visitar uma pilha de bagaço que antes era jogado fora. Um pouco desse bagaço foi usado para misturar na ração animal. Nem sei se a vaca gostou, mas sei que ficou misturado. Não coloquei na boca, não sei se é bom. Se tiver gosto de álcool está bom”, brincou o Presidente da República.
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Lula elogiou os engenheiros e empresários brasileiros pela evolução da cadeia produtiva do etanol ao longo dos anos. Ele também disse que fará propaganda do etanol brasileiro de segunda geração.