Apesar do grande sucesso recente, ainda permanece uma grande questão em relação ao passado do Manchester City. Em 6 de fevereiro de 2023, a Premier League anunciou que estava acusando o clube de violação das regras de fair play financeiro da liga, após uma investigação de quatro anos.
Segundo a instituição em comunicado oficial, houve, no total, 115 violações de regras no período investigado: de 2008 (quando o clube foi adquirido) até 2018, período em que o City conquistou sete títulos, incluindo três edições do Campeonato Inglês. O clube negou veementemente as acusações.
QUEBRANDO: Man City acusado pela Premier League de inúmeras violações das regras financeiras após uma investigação de quatro anos.
Isto é sem precedentes: pic.twitter.com/ZGzdX210qP-Martyn Ziegler (@martynziegler) 6 de fevereiro de 2023
Cerca de um ano e três meses depois, nada mais foi divulgado pela liga sobre as acusações, o que levanta dúvidas tanto dos torcedores rivais quanto da mídia.
Os principais assuntos discutidos desde então são as punições sofridas por Everton e Nottingham Forest – outros dois clubes investigados pela Premier League – por violarem regras financeiras. Diferentemente do City, os dois times foram rapidamente punidos, sofrendo com a perda de pontos na tabela do Campeonato Inglês – o Everton perdeu oito pontos, enquanto o Forest apenas quatro.
Possíveis punições para o Manchester City também se tornaram assuntos polêmicos, tendo em vista que o City Group – dono de vários clubes ao redor do mundo, incluindo o time inglês – é de propriedade majoritária de Grupo Unido de Abu Dhabicujo proprietário é Sheikh Mansour, membro da família real de Abu Dhabi e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo o jornal norte-americano O Atlético: “O governo do Reino Unido admitiu que a sua embaixada em Abu Dhabi e o Commonwealth Estrangeira e Escritório de Desenvolvimento (departamento governamental equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil) em Londres discutiu as 115 acusações feitas contra o Manchester City pela Premier League, mas se recusa a divulgar a correspondência porque poderia afetar a relação do Reino Unido com os Emirados Árabes Unidos”.
O presidente-executivo da Premier League, Richard Masters, confirmou em janeiro que uma audiência para tratar das acusações já foi marcada, acrescentando que ocorrerá em um “futuro próximo”. Segundo a imprensa inglesa, o julgamento está previsto para acontecer no próximo outono britânico (entre setembro e novembro de 2024), prevendo-se uma grande disputa judicial que só terminaria em meados de 2025.