A reunião preparatória do G20 Social para a cúpula que reúne as maiores economias do mundo, que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro, começou nesta segunda-feira (20).
O evento vai até o dia 24, em Teresina, e reúne 54 delegações de países e organismos internacionais envolvidos na construção de uma agenda até 2030 para combater a fome e a pobreza extrema.
Na abertura do evento, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, explicou que o foco do encontro é retirar o mapa da fome de mais de 730 milhões de pessoas ao redor do mundo que não têm o significa fazer três refeições por dia.
Mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país. “O objetivo é que cada país faça a sua parte, indicando as experiências mundiais consideradas eficientes, o que comporá uma cesta de alternativas para que os países mais desenvolvidos possam dar as mãos aos países mais pobres”, disse Wellington Dias.
Ao final do evento, será divulgado um documento com sugestões e contribuições para o combate à fome e à pobreza extrema.
“Abrimos hoje ouvindo lideranças sociais que trabalham nesse tema. Ao final teremos um relatório que será entregue à delegação brasileira, que será responsável por extrair as propostas que possam servir de base para aprovação e encaminhamento ao fórum do G20. O desejo é sair de Teresina com conhecimento técnico para produzir os termos da aliança global contra a fome e a pobreza”, acrescentou Wellington Dias.
A inclusão do tema é uma iniciativa da presidência brasileira do G20 e visa o compromisso de reverter o retrocesso no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicação da pobreza e fome zero e agricultura sustentável.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou que o debate faz parte da iniciativa do governo brasileiro de incluir temas ligados à promoção dos direitos humanos e à preservação do meio ambiente nas discussões do G20.
“O G20 tem duas grandes vertentes, a via geopolítica, coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, e a via económica, coordenada pelo ministro [da Fazenda] Fernando Haddad. O presidente Lula, ao assumir a presidência do G20, criou um terceiro caminho. De forma inédita, o G20 Social proporciona a inclusão da sociedade civil organizada para debater as políticas que serão decididas no G20, que são os destinatários dessas políticas públicas a serem definidas”, afirmou.
A conclusão do trabalho social do G20 será apresentada durante a Cimeira Social, nos dias 15, 16 e 17 de Novembro. Em seguida, acontecerá a Cúpula dos Líderes do G20, no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, com a presença dos líderes dos 19 países membros, além da União Africana e da União Europeia.
De acordo com o calendário divulgado pelo governo brasileiro, até a realização da cúpula, mais de 120 eventos serão realizados ao longo do ano em diversas cidades do país. A programação inclui 93 reuniões técnicas, 26 videoconferências, dez reuniões de vice-ministros e 23 reuniões ministeriais.
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