O Partido Socialista (PS) tem 25% das intenções de voto para as eleições para o Parlamento Europeu, segundo sondagens realizadas pelo IPESPE Duplitrica para o CNNPortugal.
Em segundo lugar está a Aliança Democrática (AD), que comanda o governo português e tem como candidato o antigo comentador Sebastião Bugalho, com 23% dos votos.
O Chega surge em terceiro lugar, totalizando 7%, um ponto percentual à frente da Iniciativa Liberal, que tem 6%.
A sondagem, realizada três semanas antes das eleições para o Parlamento Europeu, indica que o PS deverá ser o único partido de esquerda que poderá eleger eurodeputados.
Isto porque o Bloco de Esquerda, o Livre e a CDU não têm mais de 2% das intenções de voto. O número fica aquém dos cerca de 4,7% necessários para eleger um deputado.
Além disso, PAN, ADN e PTP não deverão sair da marca dos 0% de votos, segundo a pesquisa Duplimétrica do IPESPE para CNNPortugal.
18% dos eleitores entrevistados disseram estar indecisos sobre em que partido votariam.
Eleitores mantêm lealdade
A pesquisa revela ainda que a maioria dos eleitores repetiria hoje o voto no mesmo partido em que votou em 2019.
É o caso de quem escolhe o PS — 62% votou nos socialistas há cinco anos — e o AD — 64% votou no partido nas últimas eleições.
Quando questionados sobre qual o partido que tinha a melhor escolha para liderar a chapa às eleições europeias, 31% dos eleitores inquiridos afirmaram que a antiga ministra da Saúde, Marta Temido, era a sua preferida.
Sebastião Bugalho é nomeado por 22% dos eleitores, e João Cotrim Figueiredo, por 15%.
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, vem a seguir, com 7%. Está dois pontos percentuais acima de António Tanger Corrêa, do Chega, com 5%; de João Oliveira, da CDU, com 3%; e Francisco Paupério, do Livre, com 1%.
Metodologia e pesquisa
O inquérito foi realizado pelo IPESPE/Duplimetric para a TVI e CNNPortugal. As entrevistas aleatórias por cotas foram realizadas no período de 6 a 13 de maio de 2024.
A margem de erro máxima para a amostra total é de 3,5 pontos percentuais, para um nível de confiança de 95,45%.
Foram realizadas 800 entrevistas, representativas do eleitorado recenseado em Portugal, com 18 ou mais anos, com base nos critérios de:
- Género (53% mulheres e 47% homens);
- idade (24% de 18 a 34 anos; 33% de 35 a 54 anos; e 43% de 55 anos ou mais);
- e região (19% Norte, 15% Grande Porto, 22% Centro, 27% Lisboa, 12% Sul e 5% Ilhas).
Os percentuais que não somam 100% devem-se a arredondamentos de casas decimais e/ou múltiplas alternativas de resposta.
A seleção dos entrevistados foi realizada por meio de geração aleatória de números de celulares, mantendo uma proporção aproximada das três principais operadoras do país.
Quando necessário, números fixos foram selecionados aleatoriamente para apoiar o cumprimento do plano amostral.
As entrevistas foram realizadas por meio de entrevista telefônica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing). A taxa de resposta foi de 59,97%.
O estudo teve como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses sobre temas relacionados com o novo governo e as eleições europeias, que se realizarão em Portugal no dia 9 de junho de 2024.
É importante ressaltar que os resultados das pesquisas não são previsões, pois retratam opiniões e atitudes declaradas e não o comportamento real dos eleitores.
Além da margem de erro, é preciso ter em conta a incerteza sobre a abstenção, não captada pelas sondagens pré-eleitorais, em que as pessoas que podem abster-se manifestam vontade de ir às urnas.
A ficha técnica completa e os resultados deste inquérito foram registados na Entidade Reguladora da Comunicação Social Portuguesa.
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