O Ministério da Saúde definiu uma série de orientações sobre os calendários de vacinação em abrigos do Rio Grande do Sul. A pasta recomenda priorizar doses contra gripe, Covid-19, tétano, hepatite A e raiva. Em nota, o ministério destacou que as ações devem ser realizadas de forma prioritária e temporária devido à emergência decorrente das enchentes no estado.
“Os imunizantes foram escolhidos após análise técnica detalhada buscando, sobretudo, a proteção das pessoas que tiveram contato com as águas das enchentes, bem como dos profissionais, socorristas e voluntários que estão apoiando ações de resgate e assistência no estado do Rio Grande do Sul. O foco é minimizar o risco de ocorrência de doenças imunopreveníveis”, destacou o ministério no comunicado.
Covid-19 e gripe
No caso da vacina contra a Covid-19, a vacinação foi aberta a todas as pessoas com esquema vacinal incompleto. As vacinas contendo o componente tetânico devem ser destinadas, sobretudo, às equipes de busca e salvamento e às vítimas com lesões. “Quem estiver abrigado será vacinado no próprio abrigo. Quem estiver em situação de rua, ou seja, na casa de parentes ou outras pessoas, deve procurar uma unidade de saúde para se vacinar.”
“A estratégia de imunização contra a gripe deve incluir socorristas (profissionais e voluntários), que possam ser imunizados em pontos estratégicos de atendimento às vítimas das enchentes, hospitais de campanha, além de unidades municipais de saúde. A população em geral (sem-abrigo e pessoas afetadas) deve procurar os serviços de saúde para vacinação.”
Tétano, hepatite A e raiva
Para os imunizantes com componente tetânico, a penta (difteria/tétano/coqueluche/hepatite B/Haemophilus influenzae B), DTP (difteria/tétano/coqueluche), vacinas duplas para adultos – dT (difteria/tétano) e dTpa (difteria/tétano/ coqueluche [acelular]), pode ser utilizado conforme recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O público-alvo deve incluir socorristas, pessoas resgatadas com lesões, gestantes abrigadas (a partir de 20 semanas) e puérperas até 45 dias pós-parto (caso não tenham sido vacinadas durante o período gestacional). O grupo deverá receber a dose de reforço antitetânica caso não tenha sido vacinado contra o tétano nos últimos cinco anos ou quando não for possível verificar o registro vacinal.
No caso da vacinação contra hepatite A, o público-alvo são crianças de 1 a 4 anos, além de pessoas com condições clínicas especiais e gestantes em abrigos.
A vacina antirrábica é indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus durante atividades ocupacionais, como veterinários e outros profissionais que trabalham constantemente sob risco de exposição.
Registro de doses aplicadas
Na impossibilidade de cadastro em sistema de informação, a orientação é utilizar a Coleta Simplificada de Dados (CDS). O sistema é recomendado para estabelecimentos de saúde sem conexão com a internet ou computadores suficientes para vacinar os profissionais. “O Ministério da Saúde reforça que é fundamental que o município divulgue de forma constante e objetiva quais unidades estão em funcionamento e quais estão realizando atividades de imunização.”
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