O Congresso Nacional disse ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concordasse com a suspensão, por 60 dias, da ação que contesta a desoneração da folha de pagamento para setores da economia.
A manifestação foi encaminhada na manhã desta sexta-feira (17), após o magistrado pedir posicionamento ao Congresso.
O pedido de suspensão foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) após o governo federal e o Legislativo chegarem a um acordo sobre o assunto, com o objetivo de que a arrecadação de impostos seja retomada gradativamente a partir de 2025.
Na manifestação, o Congresso pede ainda que a suspensão da ação no STF repercuta na folha salarial dos municípios.
Esse ponto em relação aos municípios ainda está em discussão entre o governo e o Congresso. Na noite desta quinta-feira (16), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com ministros do Executivo e houve avanço no acordo sobre a continuidade da isenção pelo menos em 2024.
O pronunciamento do Congresso ao STF é assinado pela procuradora-geral do Senado Federal Gabrielle Tatith Pereira.
Em seu pronunciamento a Zanin, ela disse que o projeto de lei com a recarregamento gradual de setores da economia “resulta do diálogo entre os Poderes Executivo e Legislativo na busca das soluções mais adequadas para a preservação do equilíbrio orçamentário e fiscal e também para o restabelecimento do equilíbrio progressista”. carga sobre os dezessete setores da economia, alinhados à segurança jurídica e ao planejamento tributário e fiscal das empresas afetadas”.
Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com uma ação no STF pedindo a inconstitucionalidade da isenção, por não haver “demonstração adequada do impacto financeiro da medida”.
Zanin atendeu ao pedido, em decisão liminar (provisória), e levou o caso a julgamento no plenário virtual. Cinco ministros votaram para acompanhar o relator: Flávio Dino, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Porém, Luiz Fux pediu vista, paralisando o julgamento.
O pedido da AGU é para que a decisão de Zanin só entre em vigor após 60 dias, caso o acordo sobre a reoneração dos 17 setores não avance no Congresso.
Na quarta-feira, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), apresentou novo projeto de lei nos termos estabelecidos no acordo.
De acordo com a proposta, as tarifas serão as seguintes:
- 2024: sem cobrança de impostos
- 2025: cobrança de 5%
- 2026: cobrança de 10%
- 2027: cobrança de 15%
- 2028: cobrança de 20%
Compartilhar: