O cais flutuante que permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza vinda do mar está se movendo do porto de Ashdod em direção a Gaza, de acordo com um oficial de defesa dos EUA.
Além disso, os navios militares que vão construir o cais e fixá-lo na praia também se dirigem para Gaza, disse o responsável.
Preocupações com a segurança e as condições do mar atrasaram a movimentação do cais por vários dias. Na terça-feira (14), porém, o secretário de imprensa do Pentágono, major-general Pat Ryder, disse que a estrutura deverá estar operacional “nos próximos dias”.
O porto de Ashdod fica a aproximadamente 30 milhas náuticas, cerca de 50 quilómetros, do local de distribuição em Gaza, onde as mercadorias serão descarregadas a partir de um corredor, o que significa que os componentes do sistema deverão estar em posição em breve.
O sistema Joint Logistics Over-the-Shore (JLOTS) consiste em duas partes: o cais flutuante onde as remessas serão descarregadas e a passarela para transferir as remessas para o ponto de distribuição em Gaza.
Na quarta-feira (15), o Reino Unido anunciou que seu primeiro carregamento de ajuda humanitária, incluindo 8.400 abrigos temporários, partiu de Chipre com destino a Gaza. Chipre é o ponto de partida para a ajuda humanitária que será enviada para Gaza através do corredor marítimo e do cais.
“A ajuda será distribuída em Gaza o mais rapidamente possível”, afirmou o Reino Unido no seu anúncio.
Entretanto, a ajuda humanitária dos EUA já está posicionada num navio no porto de Ashdod para descarregar assim que o cais estiver pronto, disse o Pentágono.
O cais temporário destina-se a complementar a ajuda que entra através de passagens terrestres em Gaza. O objectivo inicial é permitir que 90 camiões de ajuda por dia entrem em Gaza através do cais, disse o Reino Unido, um número que poderá aumentar para 150 camiões por dia quando o cais estiver totalmente operacional.
Na semana passada, o CNN relataram que os EUA ainda enfrentavam vários obstáculos antes que o JLOTS pudesse começar a operar. Os EUA estavam a observar atentamente se aquilo a que chamaram uma incursão israelita “limitada” em Rafah, no sul de Gaza, afectaria o cais temporário. Além disso, os EUA ainda não tinham finalizado os planos sobre quem transportaria os carregamentos de ajuda humanitária da ponte para o ponto de distribuição em Gaza.
Na segunda-feira, o Pentágono disse que contratou motoristas para o cais, mas recusou-se a identificá-los.
“Posso apenas dizer que é um contratante terceirizado, mas é isso”, disse a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, durante um briefing. Quando a ajuda humanitária chegar a Gaza, o Programa Alimentar Mundial da ONU irá distribuí-la à população palestiniana.
Na terça-feira, Ryder disse que a segurança estava instalada para permitir que as operações JLOTS começassem quando o cais estivesse pronto.
“Estamos confiantes de que teremos a segurança necessária”, disse Ryder.
O JLOTS custará aproximadamente US$ 320 milhões para operar nos primeiros três meses, de acordo com o Pentágono.
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