O número de mortes confirmadas em decorrência das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu nesta terça-feira (14) para 149, ante 147 do dia anterior, com 112 pessoas desaparecidas e mais de 538 mil desalojados, informou a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. RioGrande do Sul. estado.
As intensas chuvas no Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas fizeram com que o nível de uma série de rios subisse, causando grandes inundações em diversas cidades gaúchas e afetando os esforços das equipes de resgate para chegar aos sobreviventes.
O Lago Guaíba, na capital Porto Alegre, que recebe água dos rios da região, atingiu nesta manhã o nível de 5,22 metros, bem acima do nível de enchente de 3,0 metros e próximo do pico histórico de 5,33 metros atingido na semana passada.
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Segundo a Defesa Civil, 446 municípios gaúchos, de um total de 497, foram afetados por eventos climáticos extremos, enquanto mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma. A crise foi apontada como o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.
Em meio à tragédia, o povo gaúcho também passou a enfrentar uma crise de abastecimento, com escassez de alimentos e outros insumos básicos. Entidades e instituições de todo o país doaram itens para a região, mas as enchentes dificultaram a chegada de suprimentos.
Diante do cenário, a Câmara dos Deputados deverá votar nesta terça-feira um projeto de lei complementar que suspende por três anos a dívida do Rio Grande do Sul com a União e elimina os juros dessa dívida, disse o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). ).
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Segundo ele, a medida, que alivia o fluxo de caixa do estado após o maior desastre climático já registrado na região, deverá ser votada pelo Senado na quarta-feira (15).
Em termos de infraestrutura, o governo do estado informou que mais de 258 mil pontos continuam sem energia elétrica no estado, enquanto mais de 159 mil pessoas estão sem abastecimento de água.
Ainda há 100 trechos total e parcialmente bloqueados em 51 rodovias estaduais, segundo o governo. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, continua com suas operações suspensas por tempo indeterminado após ser tomado pela água.
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Os portos de Porto Alegre e Pelotas continuaram fechados, enquanto o porto de Rio Grande funcionou normalmente.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou nesta terça-feira alguns impactos negativos preliminares das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na produção total de grãos e oleaginosas do país, com perdas no arroz e menor produtividade da soja.
A colheita de soja no Rio Grande do Sul foi estimada em 21,4 milhões de toneladas, contra 21,9 milhões de toneladas no levantamento anterior, sendo que a previsão atual está abaixo da sugerida por alguns analistas privados, que já veem uma redução de até 3 milhões de toneladas no RioGrande do Sul.
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No caso do arroz, a Conab afirmou que as perdas no Estado ainda estão sendo medidas, mas que pelo menos 8% da área gaúcha destinada ao cultivo registrará perdas por conta das fortes chuvas.