Viaje a bordo de um Boeing 747 estão cada vez mais escassos, ainda mais após o anúncio da aposentadoria do modelo no início de 2023. Porém, para os curiosos e nostálgicos, é possível passar uma noite dentro de um “jumbo” na Suécia sem sair do chão.
Situado perto do Aeroporto Estocolmo-Arlanda, o JumboStay é um hotel dentro de um antigo Boeing 747 cujo interior foi totalmente remodelado com quartos e zonas comuns. É ainda possível reservar uma suíte dentro da cabine dos pilotos, que ainda mantém todos os instrumentos de controle preservados e tem vista para o aeroporto.
O dono Oscar Dios revela que 60% dos hóspedes são estrangeiros e o restante da Suécia. “São hóspedes curiosos que desejam uma experiência que você não consegue em um hotel normal”, diz ela. Eles também buscam “vivenciar uma noite tranquila e agradável a bordo de um avião”, comenta Oscar.
Quanto custa dormir em um Boeing 747?
O hotel foi inaugurado há 15 anos, em 2009, e para ser aberto ao público foram retiradas as 450 poltronas. Hoje são 33 quartos, totalizando 76 leitos.
As acomodações são divididas em dormitórios masculinos e femininos, quartos standard e suítes. Podem ter até seis metros quadrados e três metros de altura.
Segundo o site oficial, os preços mais acessíveis para uma noite no Jumbo Stay começam em 450 coroas suecas (cerca de R$ 215) em dormitório feminino ou masculino, que possui quatro camas e banheiro comum no corredor. A diária mais cara é a suíte com cama de casal na traseira do avião, com banheiro privativo e ducha, com preços a partir de 1.895 coroas suecas (cerca de R$ 900).
O avião
O 747 aposentado que hoje abriga o hotel foi construído em 1976 para a Singapore Airlines. A aeronave também foi usada pela extinta Pan Am e foi operada pela última vez pela empresa sueca Transjet, que faliu em 2002.
A semente do projeto começou em 2006, quando Oscar Diös ouviu falar de uma aeronave sendo vendida no Aeroporto de Estocolmo. Querendo expandir seus negócios, não pensou duas vezes: comprou o avião aposentado por 2,5 milhões de coroas suecas e buscou licenças de construção e instalação para o hotel.
O avião foi rebocado até ao destino final em 2008, à entrada do aeroporto internacional, onde foi fixado a uma fundação de betão. “Nossos primeiros convidados em 2009 foram uma família de Brasília. A mãe veio da Suécia”, revela a proprietária.
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