No meio do Oceano Pacífico, em Oceâniaestá isolado ilha da Páscoa. O território é chileno, por isso só recebe voos saindo de Santiago, numa viagem que dura 5 horas.
A Ilha de Páscoa é Patrimônio Mundial da UNESCO e faz parte do triângulo polinésio, com os vértices formados pela Nova Zelândia e Havaí, e daí é fácil entender porque seu primeiro nome foi Te Pito O Te Henua, que significa “umbigo do mundo “.
Chamado pelos nativos de Rapa nuifoi formado por 3 grandes vulcões que não estão ativos há mais de 3 milhões de anos – sim, milhões!
Colonizados pelo povo polinésio entre os séculos IV e VII, desenvolveram uma cultura única, evidenciada pelas icónicas estátuas de pedra, o moaie que hoje as mais de 900 enormes estátuas são grandes atrações e motivo de visitação de turistas de todo o mundo.
A chegada do navegador holandês Jacob Roggeveen em 1722 ocorreu no Domingo de Páscoa, daí o nome Ilha de Páscoa. Hoje, vivem na ilha cerca de 8 mil pessoas, tendo o turismo como principal atividade económica.
Como chegar e quanto tempo ficar na Ilha de Páscoa
Atualmente, existe apenas um voo diário da Latam que pousa na Ilha de Páscoa. O vôo sai de Santiago, ou seja, independente de onde o turista esteja, ele terá que fazer escala em Santiago.
A Ilha de Páscoa é pequena e quatro noites são suficientes para conhecer os principais atrativos turísticos. A dica é aproveitar ao máximo a viagem e ficar pelo menos duas noites na capital do Chile, que é repleta de bons restaurantes e uma vida cultural animada.
Uma sugestão de alojamento em Santiago e a hotel boutique Magnólia que está localizado em um charmoso edifício histórico, mas seu interior é decorado com móveis contemporâneos e belas obras de arte. Os quartos são espaçosos, com decoração clean e acolhedora, e na cobertura, um bar ao ar livre convida para bons drinks e petiscos.
O que você precisa saber sobre a Ilha de Páscoa
- É importante ressaltar que embora o destino seja uma ilha, os principais atrativos não são as praias paradisíacas de areia fofa, mas sim os sítios arqueológicos, a história e a cultura do povo Rapanui. São muito ricos e valem a viagem!
- Na gastronomia, claro, os peixes dominam o cardápio, que tem o atum como carro-chefe de praticamente todas as receitas: dos hambúrgueres ao ceviche. É importante ter em mente que todos os produtos industrializados fazem uma longa viagem de navio para chegar à ilha, portanto, os preços costumam ser mais elevados.
- Como há poucos habitantes na ilha, o local é muito seguro. Os moradores não têm o hábito de trancar suas casas e carros e é tranquilo caminhar sozinho pelo pequeno shopping.
- A moeda oficial é o peso chileno.
- No território são faladas duas línguas: o espanhol e o rapanui (ou Vananga Rapanui), língua de origem polinésia e falada diariamente entre os habitantes locais.
- Pontos imperdíveis do seu roteiro: assistir ao pôr do sol em Ahu Tahai; Praia de Anakena; Te Pito Kura; Rano Raraku (a principal pedreira onde os Moai foram esculpidos); Ah Tongariki; Orongo; Vulcão Rano Kau; e assistir ao nascer do sol no Ahu Tongariki (principal cartão postal da ilha, que reúne uma sequência de 15 moai de costas para a praia de Hotu’iti).
- Melhores épocas para visitar a Ilha de Páscoa: o destino não tem inverno rigoroso, ou seja, você pode aproveitar ao máximo os passeios em qualquer época do ano. O verão, entre os meses de dezembro e março, é a alta temporada e os preços tendem a ser mais elevados. Nesse período, a temperatura costuma atingir 28ºC – 30ºC.
- Não esqueça de levar: protetor solar; oculos de sol; sapatos para caminhada; capa à prova de vento (especialmente no inverno); e traje de piscina.
Onde ficar na Ilha de Páscoa: Nayara Hangaroa
O maior e mais bem avaliado hotel da pequena Ilha de Páscoa é o Nayara Hangaroa. Seu maior diferencial é que o hóspede não precisa “pensar em nada”, e quando escrevemos isso é no sentido mais literal da frase.
Ao desembarcar no pequeno Aeropuerto Internacional Mataveri, um motorista sorridente com um colar de flores naturais típicas da região receberá o hóspede com as palavras: IORÃO! A partir desse momento a preocupação do visitante será aproveitar ao máximo os passeios e garantir boas fotos.
Localizada bem próxima ao aeroporto, cerca de 5 minutos de carro, chegar até Nayara é impressionante. A recepção clean e espaçosa dá o tom do imóvel onde o luxo não se reflete em obras de artistas famosos e lustres de cristal, mas em mostrar a essência da população e da cultura local de forma leve e fazer com que os visitantes se sintam acolhidos por este ambiente acolhedor e mágico. ilha.
Com um arrojado plano de renovação que começou este ano e terminará no final de 2024, os 75 quartos, todos com terraços privados e vista para a vegetação típica da ilha ou para as águas profundas do Pacífico, são amplos e tranquilos.
Entre as mudanças recebidas estão espelhos maiores, tomadas próximas às camas, novos chuveiros e estofados. Não serão feitas alterações estruturais, pelo que a renovação ocorre enquanto o hotel está em funcionamento, mas não é ouvida nem notada pelos hóspedes. O silêncio realmente prevalece no local.
A arquitetura de Nayara remete à cultura do povo Rapa Nui, com edifícios de formato oval que homenageiam a aldeia cerimonial de Orongo. Por toda a propriedade, totens contam a história e curiosidades da ilha de forma didática.
A sustentabilidade é um dos principais pilares do empreendimento, que conta com telhados verdes (cobertos por grama espessa) para maximizar os efeitos de aquecimento e resfriamento e minimizar a necessidade de ar condicionado; instalará painéis solares em 2024; aderiram ao uso de comodidades de marca local; e eliminou 90% do uso de plástico no hotel.
A ampla piscina é um convite à contemplação, de frente para o mar, a dica é reservar pelo menos uma tarde livre para aproveitar o espaço ou aproveitar uma das massagens oferecidas no Manavai Spa, que conta com quatro salas de tratamento, sauna e banheira de hidromassagem – ótima para relaxar após dias de expedições.
Expedições na Ilha de Páscoa
O destaque da hospedagem em Nayara são as expedições aos pontos turísticos da ilha, que visam conhecer uma profunda conexão com a natureza, a cultura local e a vida selvagem. O hotel oferece plano all inclusive, ou seja, passeios e refeições fazem parte da diária.
No primeiro dia de hospedagem, um guia apresenta todos os passeios possíveis e os níveis de dificuldade de cada um, assim é possível montar o roteiro com a ajuda de especialistas.
As expedições saem pela manhã e à tarde, em minivans ou microônibus equipados com água e outras bebidas não alcoólicas, e acompanhadas por guias que falam espanhol e inglês e são fontes de conhecimento aprofundado sobre a cultura e história da Ilha de Páscoa, o que torna os passeios ainda mais especiais.
Além dos passeios diurnos, também são oferecidos como extras alguns programas noturnos especiais, como observar as estrelas em um ponto estratégico com telescópio, assistir a um espetáculo de dança típica ou até mesmo fazer um piquenique ao pôr do sol.
Arqueologia e património visitados na ilha
As gigantescas estátuas de pedra, os Moai, são os elementos mais únicos e icônicos da cultura Rapa Nui. Hoje, a ilha é considerada “Uma das Maravilhas do Mundo” e “Património Mundial” pela UNESCO, reflexo da curiosidade que desperta em todos os visitantes. Ninguém sabe como as estátuas foram esculpidas, mas elas testemunham a coragem, engenhosidade e determinação do espírito humano.
Acredita-se que cada Moai representa um líder ou ancestral querido. Até hoje, os rostos das estátuas são chamados de “Aringa Ora”, que se traduz como rostos vivos de ancestrais amados e reverenciados.
Para conhecer toda essa cultura, o hotel conta com uma equipe de guias especializados de origem Rapa Nui, que têm muito orgulho de sua terra. A partir do hotel é possível organizar diversos passeios pelos parques espalhados pela ilha, como o passeio pela praia de Anakena, a única de areia branca e que seria o primeiro ponto de chegada dos marinheiros polinésios – o que nos mostra um importante parte da história da primeira civilização de Rapa Nui.
Outra experiência é visitar Ara O Te Ao, que leva os visitantes ao miradouro Rano Kau, com vista para a maior cratera da ilha e para a antiga aldeia cerimonial de Orongo. Também imperdível é assistir ao nascer do sol em Tongariki e ao pôr do sol em Tahai.
O hotel também pode organizar passeios de barco entre os três ilhéus em frente à falésia de Rano Kau, um hotspot de vida marinha e ideal para quem pretende praticar mergulho, passeios de bicicleta ou moto-quatro, para descobrir a costa e as suas grutas históricas e praias rochosas. .
A proposta da Nayara é que os hóspedes não precisem se preocupar com absolutamente nada: desde ingressos até água para se manterem hidratados ao longo do dia, eles pensam em tudo. A única obrigação dos visitantes é estar disposto e usar calçados confortáveis para explorar os pontos turísticos.
A gastronomia do hotel
Com três restaurantes, Kaloa, Poevara e Vaikoa Bar, o bar da piscina fica aberto o dia todo com sanduíches, tábuas de queijos e outros petiscos para quando sentir fome ou apenas para tomar uma bebida enquanto admira a paisagem.
A culinária do cardápio é internacional, com opções de carnes vermelhas, massas, frango e, claro, peixes e frutos do mar. E a sugestão é saborear itens da culinária tradicional de Rapa Nui, como o ra rape, um tipo menor de lagosta indígena, o ceviche de atum cozido na pedra, saladas frescas e outros pratos que incorporam batata doce local, banana terra e manga. Todas as frutas e legumes vêm da própria ilha, incentivando o comércio local.
Um rico pequeno-almoço é servido no restaurante principal do hotel, em regime de buffet, mas pratos quentes podem ser solicitados aos empregados de mesa.
O hotel faz parte da coleção Nayara Resort, que inclui mais cinco propriedades localizadas em destinos de extraordinária beleza natural, como o Parque Nacional Vulcão Arenal, na Costa Rica, as paradisíacas Bocas del Toro, no Panamá, e o deserto mais seco do mundo, o Atacama, também no Chile.
*O jornalista viajou a convite do hotel Nayara Hangaroa.
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