Melania Trump deverá expressar forte apoio aos direitos reprodutivos, escrevendo em suas novas memórias que “o direito fundamental da mulher à liberdade individual” concede-lhe “a autoridade para interromper a gravidez, se desejar”.
Em uma cópia de “Melania” obtido pelo The Guardian Martin Pengelly, antes de seu lançamento na próxima terça-feira, a ex-primeira-dama escreve: “Restringir o direito de uma mulher de escolher se deseja interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre seu próprio corpo. Carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta.”
“Por que alguém, além da própria mulher, teria o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo?”, pergunta a ex-modelo, que se casou com o ex-presidente Trump em 2005.
“Sempre acreditei que é fundamental que as pessoas cuidem primeiro de si mesmas”, diz Melania Trump no livro que será lançado em breve.
Um representante de Melania Trump não respondeu ao pedido de comentários da ITK sobre o relatório do The Guardian.
As opiniões expressas pela ex-primeira-dama sobre o aborto contrastam fortemente com as posições do ex-presidente Trump sobre esta questão controversa. O 45º presidente disse que “não se arrepende” de que seus juízes escolhidos a dedo pela Suprema Corte tenham derrubado Roe v. Wade e acabado com o direito constitucional ao aborto.
Na terça-feira, Trump disse que vetaria a proibição federal do aborto se conseguisse um segundo mandato, destacando a sua posição de que a questão deveria ser decidida a nível estadual. Ele disse no passado que apoia exceções que permitem abortos por estupro, incesto e casos em que a vida da mãe está em risco e atacou os democratas por apoiarem abortos tardios.
Melania Trump supostamente reconhece em seu livro que surgiram “desentendimentos políticos ocasionais entre mim e meu marido”, mas ela diz: “Eu acreditava em abordá-los em particular, em vez de desafiá-lo publicamente”.
A ex-primeira-dama escreve que “não há espaço para negociação” sobre o seu “conjunto básico de princípios” envolvendo o aborto.
“Muitas mulheres optam pelo aborto devido a preocupações médicas pessoais”, diz ela, segundo o The Guardian.
“Estas situações com implicações morais significativas pesam muito sobre a mulher e a sua família e merecem a nossa empatia. Consideremos, por exemplo, a complexidade inerente à decisão de a mãe arriscar a própria vida para dar à luz”, diz Trump, 54 anos.
Ela escreve que é a favor de exigir que os menores obtenham o consentimento dos pais antes de se submeterem a um aborto, escrevendo: “Sei que isso nem sempre é possível. Nossa próxima geração deve receber conhecimento, segurança, proteção e consolo, e o estigma cultural associada ao aborto deve ser levantada.”
“O slogan ‘Meu corpo, minha escolha’ é normalmente associado a mulheres ativistas e àqueles que se alinham com o lado pró-escolha do debate”, diz ela.
“Mas se você realmente pensar sobre isso, ‘Meu Corpo, Minha Escolha’ se aplica a ambos os lados – o direito da mulher de tomar uma decisão independente envolvendo seu próprio corpo, incluindo o direito de escolher a vida. Liberdade pessoal.”
The Hill entrou em contato com a campanha de Trump para comentar.
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