O caso de Dyonathan Celestrino, 32 anos, conhecido como “Cross Maníaco”é um dos casos mais emblemáticos do judiciário brasileiro. O homem que passou metade da vida sob custódia do Estado foi protagonista de mais um episódio. Ele jogou urina em policial penal no último sábado (28)internado na enfermaria psiquiátrica do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), no Mato Grosso do Sul, onde está preso há 11 anos.
Lembre-se do caso
Dyonathan ficou conhecido por ser responsável por três assassinatos em 2008. O adolescente da época foi encaminhado para instituições de internamento, destinadas a menores infratores. Os crimes aconteceram em Rio Brilhante (MS), no interior do estado.
Como a lei brasileira decreta medidas educativas para jovens infratores, Dyonathan deveria estar em liberdade desde 2013, quando completou 21 anos. as ruas. A liberdade até aconteceu. Mas foi revogado, a pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Os crimes do “Maníaco da Cruz” chamaram a atenção pela forma como os corpos foram encontrados. Todos estavam com os braços abertos e as pernas cruzadas na altura dos tornozelos, como se tivessem sido crucificados.. Segundo as investigações da época, ele teria justificado os crimes por motivos religiosos e sexuais, o que influenciou na escolha das vítimas.
Problemas recorrentes e ataque a delegacia
A agressividade e os recorrentes atos de transgressão, como este ocorrido no último sábado, não foram os primeiros do “Cruz Maníaco”. Em 2023 havia agredido outro policial, durante outro aparente “surto”, na mesma instituição penal.
Em 2013, após fugir da Unei em Ponta Porã, foi levado para Campo Grande. Durante sua permanência no 7º Distrito Policial, o “Maníaco da Cruz” se envolveu em um atentado, enquanto estava preso, aguardando internação.
O CNN teve acesso à decisão que indeferiu os pedidos de Emoção de Declaração, protocolados pelo policial civil Jeferson Duarte Farias, que atirou em Dyonathan, que estava dentro da cela.
Durante o processo, segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, ficou comprovado que a versão do policial não correspondia aos fatos. Na decisão, o policial foi condenado por atirar na cela onde Dyonathan estava. O policial alegou que foi acidental, mas a perícia confirmou que o tiro ocorreu a 1,69m de altura, refutando a versão.
O relato de uma testemunha, que estava sob custódia no mesmo corredor do “Maníaco da Cruz”, na delegacia, condenou o agente pela agressão. Porém, Jeferson apenas sofreu medidas restritivas de seus direitos, além de pagar multa.
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