O Supremo Tribunal Federal (STF) tem dois votos a favor de reconhecer a possibilidade de o Tribunal anular uma absolvição por júri popular que foi definida de forma contrária às provas do caso.
Até o momento, essa posição é defendida pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
O Tribunal julga se um tribunal de segunda instância pode anular a absolvição do júri popular e ordenar um novo júri nos casos em que haja comprovação de que o crime ocorreu e foi cometido pelo réu.
O relator, Gilmar Mendes, votou pela impossibilidade de a Corte anular a absolvição. Para o ministro, não é sequer possível ao Ministério Público recorrer da absolvição nestes casos.
A ressalva feita por Gilmar é para casos de absolvição do júri em casos de feminicídio, quando se constata que os jurados isentaram o réu da condenação com base em argumentos de “legítima defesa da honra”.
O ministro Celso de Mello (aposentado) votou seguindo a proposta de Gilmar, contra a possibilidade de anulação da absolvição do júri.
O magistrado votou o caso em 2020, quando o julgamento foi realizado em sessão virtual. Mesmo que a discussão tenha sido reiniciada na quarta-feira (25), seu voto permanece inalterado.
A Justiça voltará a julgar a questão na próxima quarta-feira (2).
Teses
A tese proposta pelo relator é a seguinte:
“A determinação, por Juízo de 2º grau, de novo júri, no julgamento de recurso interposto contra absolvição com fundamento na questão genérica, por suposta contradição com as provas do caso (art. 593, III, d, CPP), viola a soberania dos veredictos, pelo que, neste caso, não cabe recurso acusatório baseado em tal fundamento. Excluem-se as hipóteses de absolvição nos casos de feminicídio, quando, de alguma forma, se constata que a conclusão do júri se baseou na tese da legítima defesa da honra”.
Fachin propôs a seguinte tese:
“É compatível com a garantia da soberania dos veredictos do Tribunal do Júri a decisão do Tribunal de Justiça que anule a absolvição com base em questões genéricas, desde que não haja provas que corroborem a tese da defesa ou desde que seja concedida clemência nos casos que, por ordem constitucional, não são suscetíveis de graça ou anistia”.
E Morais:
“É possível recorrer nos casos em que a decisão do júri, baseada em questões gerais, se revele manifestamente contrária às provas do caso.”
Entender
O júri popular, denominado tribunal do júri, é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida, como homicídio e feminicídio.
É formado por jurados, cidadãos sorteados para participar do julgamento.
A Constituição estabelece que as decisões do júri são soberanas. Porém, é possível interpor recurso em situações específicas, como no caso de erro na aplicação da pena ou quando for comprovada nulidade do processo.
O caso específico analisado é mineiro. De acordo com o processo, o júri absolveu um acusado de homicídio mesmo reconhecendo a materialidade e a autoria do crime.
A decisão foi tomada por “clemência”, já que a vítima teria sido a responsável pelo assassinato do enteado do réu.
O recurso contra a absolvição apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
O TJ-MG entendeu que, atendendo ao princípio da soberania do júri popular, a anulação da decisão só é possível quando há erro escandaloso e total discrepância.
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico