O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que os militares têm “missões adicionais a cumprir” na luta contra o Hezbollah à medida que os ataques avançam.
“Temos missões adicionais a realizar para garantir o regresso seguro das comunidades do norte de Israel às suas casas. Continuaremos a desequilibrar o Hezbollah e a aumentar as suas perdas”, comentou.
As observações de Gallant ocorrem no momento em que os Estados Unidos e os aliados apelam a um cessar-fogo na fronteira entre Israel e o Líbano, com o objectivo de evitar a escalada de uma guerra regional total.
O ministro da Defesa disse que se reuniu com militares nesta quinta-feira (26) para “aprovar as operações planejadas na arena norte”, referindo-se à parte de Israel próxima à fronteira com o Líbano.
“Continuamos a nossa sequência de operações: eliminar os terroristas do Hezbollah, desmantelar a infra-estrutura ofensiva do Hezbollah e destruir foguetes e mísseis”, disse Gallant.
Israel lançou uma série de ataques aéreos em áreas do Líbano à medida que o conflito com o Hezbollah aumenta.
Os militares israelitas prometeram acelerar “operações ofensivas” contra o Hezbollah. Tropas realizaram exercícios simulando combate terrestre no Líbano nesta quarta-feira (25).
Entenda o conflito entre Israel e o Hezbollah
Israel lançou uma série de ataques aéreos em áreas do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelitas, os alvos são membros e infra-estruturas militares do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Médio Oriente e apoiada pelo Irão.
A ofensiva atingiu vários pontos do Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelita em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e fazendo reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu várias vezes devolver estes cidadãos às suas casas.
Em 17 de setembro, Israel acrescentou o regresso destes residentes como objetivo oficial da guerra.
Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.
Quase toda a população de Gaza foi deslocada em meio à nova ofensiva israelense
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