A suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil parece estar chegando ao fim. Nesta quinta-feira (26), representantes da rede social comandada pelo bilionário Elon Musk entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os últimos documentos pendentes para que seu serviço seja restabelecido no país.
Segundo os advogados de X, todos os documentos exigidos pelo ministro Alexandre de Moraesdo STF, foram entregues. A expectativa dos defensores é que a liberação ocorra na próxima semana.
A empresa afirma que já nomeou representante legal no Brasil, por determinação de Moraes, e também bloqueou os perfis de nove pessoas investigadas pelo STF e pagou as multas aplicadas pelo descumprimento de decisões judiciais.
Continua após a publicidade
“Atendendo integralmente às determinações estabelecidas por Vossa Excelência. nas decisões proferidas em 30/08/2024, 19/09/2024 e 21/09/2024, o X Brasil solicita o restabelecimento das medidas de bloqueio anteriormente adotadas“, afirmam representantes do antigo Twitter.
O documento é assinado pelos advogados André Zonaro Giaccheta, Sérgio Rosenthal, Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer.
Os defensores de X também apresentaram as procurações societárias originais outorgadas pelos sócios controladores da plataforma, “devidamente autenticadas e consularizadas”.
Continua após a publicidade
A decisão final de Moraes sobre um possível retorno de X, porém, só deverá ser tomada no fim de semana. Isso porque, no último sábado (21), o ministro do Supremo solicitou novas informações e documentos à empresa de Musk, além de dados de órgãos federais sobre a regularidade da plataforma no país.
Moraes concedeu a X um novo prazo de 5 dias, que só deve começar a contar a partir desta segunda-feira (23).
Na semana passada, X nomeou a advogada Rachel Villa Nova Conceição como sua representante legal no país, cumprindo uma das ordens do ministro.
Continua após a publicidade
Fora do ar desde agosto
A OX está bloqueada no Brasil desde o final de agosto, quando Moraes determinou a suspensão da plataforma no país por falta de representante legal em território brasileiro, além do não pagamento de multas.
A decisão foi confirmada por unanimidade pela Primeira Turma do STF, em julgamento realizado no início de setembro.
Na semana passada, diversos usuários do X relataram que conseguiram acessar a rede social, apesar do bloqueio imposto pela mais alta instância do Judiciário brasileiro.
Continua após a publicidade
Segundo relatos, os acessos teriam ocorrido a partir de celulares Android ou iOS. Também foi possível acessar a rede social pelo navegador Google Chrome. Até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu publicar em sua conta.
Apesar do que parece ser um fracasso, a Anatel já havia informado que não há nova decisão do STF ou do ministro Alexandre de Moraes, e o acesso ao X continua proibido no Brasil. O caso está sendo investigado.
A empresa de Elon Musk teria feito alterações em seus servidores, para que o bloqueio imposto pelas operadoras de internet fosse dificultado, o que permitiu o acesso de alguns usuários à rede.
Continua após a publicidade
Segundo X, a mudança teria provocado um “restabelecimento involuntário e temporário do serviço para os usuários brasileiros”.
Anatel acusou X de desrespeitar decisão judicial
Também por meio de nota, no dia 19, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acusou a plataforma de ter “intenção deliberada” de descumprir decisões do STF.
“Com o apoio ativo dos prestadores de telecomunicações e da empresa Cloudfare, foi possível identificar um mecanismo que, espera-se, garanta o cumprimento da determinação, com o restabelecimento do bloqueio. A conduta da rede
“Eventuais novas tentativas de contornar o bloqueio exigirão que o órgão tome as medidas cabíveis”, finaliza a Anatel.
Entenda o duelo Moraes x Musk
No final de agosto, Moraes foi chamado de “tirano” e “ditador” por Musk, em uma série de publicações feitas pelo empresário em sua conta oficial do X.
Musk criticou a decisão de Moraes de bloquear todos os recursos financeiros da Starlink Holding – grupo pertencente ao bilionário – no Brasil. A decisão do magistrado foi tomada no dia 18 de agosto.
Moraes decidiu bloquear os valores financeiros da empresa para garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira a X.
No mesmo dia 18, Musk informou que X encerraria suas operações no Brasil por causa de uma série de decisões de Moraes que, segundo o bilionário, estariam censurando a plataforma.
O cerco do STF a Musk e X aumentou quando Moraes estabeleceu um prazo de 24 horas para a empresa nomear um representante legal no Brasil.
A convocação ao Supremo, curiosamente, teve que ser feita justamente pela rede social. A OX fechou seu escritório no país e, segundo o STF, não possui representante legal em território brasileiro.
Em postagem em sua conta oficial na plataforma, Elon Musk ironizou Alexandre de Moraes e exibiu uma imagem, produzida por inteligência artificial, que compara o ministro do STF a vilões dos filmes “Harry Potter” e “Star Wars”.
A OX publicou então uma nota na qual afirmava que não cumpriria as determinações de Moraes e aguardava uma decisão do Judiciário brasileiro de bloqueio da plataforma.
No dia 2 de setembro, em decisão unânime, a Primeira Turma do STF endossou a posição de Moraes e manteve o bloqueio da plataforma, num sinal claro da Corte de apoio ao juiz em um tema polêmico.
Além do próprio Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux votaram pela manutenção da suspensão da rede do bilionário Elon Musk.
Polêmica começou em abril
A polêmica envolvendo Elon Musk e Alexandre de Moraes começou há meses, no dia 6 de abril, quando Musk publicou mensagens na plataforma com uma série de críticas ao magistrado.
“Em breve, X publicará tudo o que é exigido por Alexandre de Moraes e como esses pedidos violam a legislação brasileira. Este juiz traiu descaradamente e repetidamente a Constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment. Que vergonha, Alexandre, que vergonha”, escreveu Musk em sua conta oficial.
Antes deste ataque, o bilionário já havia escrito que suspenderia as restrições impostas pela Justiça brasileira a diversos perfis da rede. Ele também acusou Moraes de censurar a plataforma e afirmou que o STF praticava “censura agressiva” no país, o que parecia “violar a lei e a vontade do povo brasileiro”.
Além disso, em mensagem institucional, X afirmou que “foi obrigado por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil”. “Informamos essas contas que tomamos tais medidas”, disse a empresa.
“Não sabemos as razões pelas quais estas ordens de bloqueio foram emitidas. Não sabemos quais postagens supostamente violaram a lei. Estamos proibidos de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem ou em que contexto. Estamos proibidos de informar quais contas foram afetadas. Somos ameaçados com multas diárias caso não cumpramos a ordem”, continuou.
Embora não tenha mencionado explicitamente quais seriam essas restrições, o próprio Musk republicou a publicação X e provocou Moraes: “Por que você está fazendo isso, Alexandre?”, questionou o empresário, marcando a conta oficial do ministro do STF.
Cerca de 30 minutos depois de mencionar Moraes, Musk respondeu a uma interação em seu próprio perfil X e escreveu que “este juiz [Moraes] impôs multas elevadas, ameaçou prender nossos funcionários e bloquear o acesso ao X no Brasil”.
“Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes que o lucro”, disse ele.
A reação de Moraes
Horas depois das mensagens de Musk, Moraes incluiu o dono da
Em sua decisão, Moraes afirma que é “inaceitável que algum dos representantes das redes sociais, especialmente do antigo Twitter, atual ‘X’, desconhece a instrumentalização criminosa que vem sendo realizada pelas chamadas milícias digitais, em a disseminação, propagação e expansão de práticas ilícitas nas redes sociais”.
“A conduta de X constitui, em tese, não só um abuso de poder económico, ao tentar impactar ilegalmente a opinião pública, mas também flagrante indução e instigação à manutenção de diversas condutas criminosas levadas a cabo pelas milícias digitais sob investigação”, notou o ministro.
Em sessão do STF, no dia 10 de abril, Moraes comentou o episódio e diferenciou entre “liberdade de expressão” e “liberdade de agressão”. “Tenho absoluta convicção de que o Supremo Tribunal Federal, a população brasileira e as pessoas de bem sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirmou. “Eles sabem que liberdade de expressão não é liberdade para a proliferação do ódio, do racismo, da misoginia, da homofobia. Eles sabem que liberdade de expressão não é liberdade para defender a tirania. Talvez alguns estrangeiros não saibam, mas começaram a aprender e tomaram consciência da coragem e da seriedade do Judiciário brasileiro.”
empréstimo bom pra crédito
max cred é confiável
empréstimo pessoal inss
bpc emprestimo consignado
emprestimos para negativados rj
max pedidos
whatsapp blue plus download
emprestimo de 20 mil
emprestimo noverde é confiavel
simulação de emprestimo consignado inss
taxa de juros consignado banrisul 2023
financiadoras de emprestimos
empréstimo pessoal bpc