O Brasil ainda não tomou a decisão de montar uma operação de resgate de brasileiros que vivem no Líbano, ameaçados pelo recrudescimento dos bombardeios israelenses em diversas regiões do país, em sua campanha de combate ao grupo armado Hezbollah. Mas a Força Aérea Brasileira está preparada para realizar uma possível operação de resgate, disse ele CNN Brasil o comandante da FAB, Marcelo Damasceno.
No ano passado, a Operação Retorno à Paz resgatou cerca de 1.500 brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, severamente punidos pelos ataques de Israel em sua guerra com o Hamas.
As preocupações com a segurança dos brasileiros no Líbano aumentaram desde ontem, quando foi confirmada a morte de Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, de Foz do Iguaçu (PR). Ele e o pai, Kamal Hussein Abdallah, 64 anos – libanês de nacionalidade paraguaia – morreram num ataque israelense à cidade de Kelya, no Vale do Bekaa.
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O Vale do Bekaa é exatamente a região do Líbano onde está localizada a maioria das 22 mil pessoas de nacionalidade brasileira residentes no país, que possui a maior população de brasileiros de todo o Oriente Médio.
Inscrições e doações
Embora a decisão de retirar brasileiros não tenha sido tomada, a Embaixada do Brasil em Beirute já iniciou a atualização do cadastro de todos aqueles que estão no Líbano (turistas ou residentes) que desejam receber apoio do governo brasileiro.
Segundo a embaixada, o formulário, a ser preenchido por cada familiar, tem como objetivo reunir informações para a prestação de assistência consular e “planejamento de uma possível operação de apoio à retirada de brasileiros do Líbano”.
Enquanto isso, permanecem recomendações para que os brasileiros não viajem ao Líbano e para que residentes ou pessoas de passagem deixem o país por seus próprios meios “até que a normalidade retorne”. Outra recomendação é para quem decidir permanecer no Líbano não permanecer “no sul do país, em zonas fronteiriças ou outras áreas de risco reconhecido”.
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A embaixada também listou em suas redes sociais os números de telefone dos serviços de emergência do Líbano, em caso de situações de risco. São mencionadas a Cruz Vermelha Libanesa, a Defesa Civil, os Bombeiros, a Sala de Operações do Exército, as Forças de Segurança Interna (ISF), o Ministério da Saúde Pública, o Ministério dos Assuntos Sociais e a operadora de telecomunicações Ogero.
Devido à elevada procura actual, a embaixada alerta que os telefones de serviço consular poderão não responder prontamente a uma chamada. Neste caso, deverá ser enviada uma mensagem via WhatsApp para os telefones de plantão (961 70 200 505 e 961 70 108 374) para que a demanda seja atendida o mais breve possível. Também foi listado o plantão consular do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (55 61 98260-0610).
O consulado do Líbano em São Paulo divulgou dados para arrecadar recursos para aquisição de medicamentos para a população das áreas afetadas. Os depósitos podem ser feitos no Banco do Brasil – agência 8258-9 e conta 875-3. A opção Pix é: CNPJ Chave 47.889.676/0001-41
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